• Carregando...

O delegado da Polícia Federal Protógenes Queiroz afirmou que o ministro Carlos Alberto Direito, do Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu em uma decisão recente a legalidade do trabalho da Agência Brasileira de Inteligência, a Abin, com a Polícia Federal. Segundo ele, a decisão já revela uma mudança de comportamento do STF sobre o uso de arapongas da Abin na investigação da operação Satiagraha.

Protógenes foi afastado da operação, acusado de ter cometido excessos, entre eles o uso de agentes da Abin.

- Anteontem o ministro Carlos Alberto Direito reconheceu em voto a legalidade da atividade da nossa gloriosa Agência Brasileira de Inteligência em atividades conjuntas com a Polícia Federal. Então, já temos a sinalização de uma mudança de comportamento e de uma consciência jurídica junto ao Supremo mais responsável. Todas as decisões do STF são respeitadas, gostemos ou não delas - disse o delegado, que participa de um seminário realizado em São Paulo para discutir segurança pública.

O delegado afirmou que vai à CPI dos Grampos no início de abril, para esclarecer todos os pontos da investigação. Ele disse que explicará qual foi a participação de cada personagem.

- Não sou portador de interesse privado, de partido político, de instituição nenhuma. Não faço parte de nenhuma guarda pretoriana ou governamental. Sou um servidor público federal e vou exercer o meu dever de explicar ao povo brasileiro o que se passou em todo este processo de investigação, que durou 4 anos.

Protógenes voltou a atacar a decisão do STF, de conceder dois habeas corpus ao banqueiro Daniel Dantas, acusado de corrupção.

- Os Estados Unidos já deram o exemplo ao algemar um banqueiro bandido. Já o nosso banqueiro tem que ser homenageado, cortejado e até mesmo ameaçando altas autoridades no submundo sujo de jogo de poder. Temos de inverter este estado de coisas - afirmou o delegado, que voltou a dizer que as acusações contra ele são infundadas.

Segundo Protógenes, todos os dados da Operação Satiagraha foram coletados com autorização judicial e fiscalização da Procuradoria da República, pautados dentro da lei e da legalidade.

0 COMENTÁRIO(S)
Deixe sua opinião
Use este espaço apenas para a comunicação de erros

Máximo de 700 caracteres [0]