O delegado da Polícia Federal (PF) Protógenes Queiroz negou nesta segunda-feira (17) intenção de concorrer a cargos eletivos. "Sou candidato à próxima missão que a Polícia Federal me designar, de preferência que tenha grandes organizações e políticos envolvidos", afirmou, ao ser questionado sobre esta hipótese, depois de participar de entrevista coletiva organizada por dirigentes do PSOL, que hoje promoveram ato de "solidariedade" ao ex-coordenador da Satiagraha, operação que chegou a prender o banqueiro Daniel Dantas, o investidos Naji Nahas e o ex-prefeito da capital paulista Celso Pitta, entre outros.
O senador Arthur Virgílio (PSDB-AM) disse "prever" que Protógenes será candidato. Indagado sobre para qual cargo o delegado concorreria, Virgílio respondeu que "na cabeça dele, à Presidência da República". Virgílio participou hoje de evento no Palácio Piratini, sede do Executivo gaúcho, em que a governadora Yeda Crusius (PSDB) anunciou condições de zerar o déficit do Estado em 2008, em vez de em 2009, como era sua meta inicial.
Ao comentar a Operação Satiagraha, Virgílio considerou que houve exageros. "Me parece que há exageros que a própria Polícia Federal não assimila", disse. O delegado deveria participar do ato promovido hoje pelo PSOL, mas chegou atrasado a Porto Alegre. Após a entrevista coletiva, Protógenes foi para uma atividade de policiais civis do Rio Grande do Sul. À noite, ele irá proferir palestra na Faculdade de Direito da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).
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