Humberto Costa será relator do caso Demóstenes no Conselho de Ética
Após seis sorteios e cinco desistências, o Conselho de Ética do Senado escolheu o senador Humberto Costa (PT-PE) para relatar a representação do PSOL para investigar o envolvimento do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) com o empresário de jogos ilícitos Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira
O senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) participou na manhã desta quinta-feira (12) da reunião do Conselho de Ética da Casa. Demóstenes chegou de surpresa, sorridente, cumprimentou os colegas e falou pela primeira vez, reafirmando que vai provar sua inocência. Usando seu conhecimento do Regimento interno do Senado e sua experiência de jurista, Demóstenes tenta obstruir o processo contra ele no conselho.
Ele questionou a escolha de do senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) como presidente interino, sem eleição, usando como critério o fato de ser o mais velho. O ex-líder do DEM na Casa, que já foi notificado sobre a abertura de processo no Conselho de Ética contra ele, disse que apresentará sua defesa prévia por escrito: "Quero provar minha inocência no mérito. Provarei que sou inocente", disse o senador, que falou pela primeira vez após divulgação de sua ligação com Carlinhos Cachoeira.
O colegiado vai escolher, por sorteio, ainda nesta quinta-feira o relator do processo por quebra de decoro parlamentar. Demóstenes, que andava sumido da Casa, já havia ido ao Senado na quarta-feira, mas entrou por uma porta lateral e foi direto para a Presidência da Casa, onde se reuniu por cerca de 15 minutos com José Sarney (PMDB-AP), a quem disse que é inocente e não renunciará ao mandato. O senador registrou presença em plenário.
Sem conseguir convencer nenhum senador a aceitar o cargo, o líder do PMDB, senador Renan Calheiros (AL), anunciará oficialmente que o partido abre mão da presidência do colegiado. O processo de quebra de decoro contra Demóstenes será presidido pelo senador Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) , que ocupava a função interinamente. Renan tentou, sem sucesso, convencer os senador Vital do Rêgo (PMDB-PB) e Waldemir Moka (PMDB-MS) de ocupar a presidência do colegiado.
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