A exemplo do ex-ministro da Justiça Tarso Genro, outros 12 ministros do governo Lula devem sair dos cargos até o prazo de desincompatibilização para concorrer nas eleições deste ano.

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A data-limite para que deixem as pastas para poder disputar as eleições é 3 de abril, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve empossar os novos ministros no dia 1º de abril.

Tarso Genro (PT) foi o primeiro a sair, no início de fevereiro, para organizar a campanha ao governo do Rio Grande do Sul.

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A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, prepara-se para deixar o cargo e concorrer à Presidência da República pelo PT. Erenice Guerra, secretária-executiva da pasta, é o nome mais provável para assumir as funções da pré-candidata.

Já o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles (PMDB), espera o último momento para anunciar se ficará ou não no cargo. A expectativa é de que ele deixe a instituição.

A tendência é que o presidente Lula opte pelos secretários-executivos e chefes de gabinete de cada pasta. No caso do BC, o diretor de Normas e Organização do Sistema Financeiro, Alexandre Tombini.

Com a exoneração de boa parte de sua equipe --e muitos nomes interessados em disputar um mandato-- o perfil do novo ministério deve ser mais técnico. Mas há discussões em curso que apontam embates entre indicações políticas e funcionários de carreira.

O PMDB é uma das legendas que pressionam para manter o poderio nos ministérios que possui. Há previsão de saída de ministros peemedebistas nas pastas de Minas e Energia (Edison Lobão), Integração Nacional (Geddel Vieira Lima), Comunicações (Hélio Costa) e Agricultura (Reinhold Stephanes).

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Nas Comunicações, há três nomes na mesa de negociação para substituir o ministro, de acordo com uma fonte da pasta. São eles: o chefe de gabinete, José Artur Filardi Leite, o ex-deputado Moreira Franco (PMDB-RJ) e o conselheiro da Anatel Antônio Domingos Teixeira.

A substituição do ministro Carlos Minc do Meio Ambiente está certa, no que depender da vontade do ministro. A assessoria do ministério confirmou a preferência de Minc pelo nome da secretráia-executiva, Izabella Teixeira.

A escolha, no entanto, não agrada os petistas, pois a secretrária, além de não ser vinculada a partido algum, chefiou a Diretoria de Qualidade Ambiental do Ministério até 2002, na gestão de Fernando Henrique Cardoso. O ministro reconhece, no entanto, que a palavra final será do presidente.

Ministros de Lula, Hélio Costa (PMDB) e Patrus Ananias (PT) pretendem se desincompatibilizar para concorrer ao mesmo cargo, o governo de Minas Gerais. A aliança nacional entre PT e PMDB vai definir o cenário em Minas Gerais para os dois potenciais candidatos do governo ao Executivo estadual. Quem ficar fora da disputa ao Palácio da Liberdade deve candidatar-se ao Senado.

Segundo uma fonte da campanha, Lula já pediu que o PT apóie Costa em nome da possível coligação.

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Para concorrer a uma cadeira no Senado, deixam os cargos os ministros Edison Lobão (Minas e Energia), do PMDB maranhense, e José Pimentel (Previdência Social), do PT do Ceará.

Para a Câmara dos Deputados, devem se candidatar o ministro petista Edson Santos (Igualdade Racial), pelo Rio de Janeiro, e o peemedebista Reinhold Stephanes (Agricultura), pelo Paraná, esse último para o sétimo mandato.

As últimas mudanças significativas nos ministérios ocorreram ao longo de 2008. Em janeiro daquele ano, Edison Lobão assumiu a pasta no lugar de Nelson Hubner, que ocupou o posto interinamente no lugar de Silas Rondeau.

Em fevereiro, Edson Santos assumiu a secretaria de Promoção da Igualdade Racial, com a saída de Matilde Ribeiro, em meio aos desgastes do governo com as denúncias de mau uso dos cartões corporativos.

Três meses depois, o então secretário de Meio Ambiente do Estado do Rio de Janeiro, Carlos Minc, assumiu no lugar de Marina Silva, que pediu demissão após sofrer derrotas no governo na área ambiental.

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Em junho daquele ano, com a saída de Marta Suplicy (Turismo) e Luís Marinho (Previdência) para concorrer às eleições municipais de 2008, assumiram respectiivamente, Luiz Barreto, então secretário-executivo da pasta, e José Pimentel, à época deputado federal. Em julho, Juca Ferreira assumiu a pasta da Cultura, com a saída de Gilberto Gil, por motivos pessoais.