Embora as conversas de fusão com o PPS estejam em andamento, o PSB tende a não seguir o futuro aliado na votação da Medida Provisória 665, que altera as regras para a concessão de seguro-desemprego e do abono salarial.
O PPS marcou posição contrária à MP e, junto com DEM e PSB, promete obstruir a votação. Já a bancada do PSB está divida depois de ter se reunido, na semana passada, com os ministros da Previdência Social, Carlos Gabas, da Fazenda, Joaquim Levy, e do Planejamento, Nelson Barbosa.
A bancada do PSB pretende se reunir na tarde desta terça-feira, 5, antes da votação do MP 665 em plenário. Somente depois do encontro deve decidir se vota a favor da medida ou se libera os deputados para votarem como quiserem.
A posição do partido socialista, que conta com 32 deputados, é importante para o governo, que tenta apoio amplo dentre os aliados, mas deve ser traído por parte do PP, PDT e PR.
Esses partidos compõem a base de apoio ao governo, porém podem se alinhar a DEM, PSDB e PPS contra a Medida Provisória. Desde que o PSB rompeu com o governo, em outubro de 2013, para lançar o ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos à Presidência da República, o partido tem atuado de forma independente em relação ao Palácio do Planalto no Congresso.
Em alguns momentos, contudo, o partido tem votado conforme a vontade do Planalto, mas seguindo orientação própria da legenda na defesa de projetos que considera mais alinhados ao seu perfil. O projeto que regulamenta a terceirização, por exemplo, contou com oposição do PSB.
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