Diante das especulações de que o PSB poderia voltar a participar do governo Dilma Rousseff ocupando o Ministério de Ciência e Tecnologia, o presidente do partido, Carlos Siqueira, disse que há “chance zero” de isso acontecer. Siqueira afirmou que o PSB irá continuar a “respeitar a vontade dos eleitores” que colocaram o partido na oposição.

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“Se tem alguma especulação, é da parte do governo, porque no PSB é zero a chance voltarmos a esse governo. Fomos oposição ao governo dessa senhora em 2014, entregamos os cargos que ocupávamos e vamos continuar a respeitar a vontade dos eleitores do PSB e permanecer fora”, afirmou Carlos Siqueira.

O dirigente partidário disse que o assunto sequer foi tema de deliberação entre os integrantes do PSB. “A aliança com PT terminou no dia que decidimos ter candidatura própria. Esse assunto não tem sido objeto de discussão no PSB e nem será. Preferimos estar sintonizados com a população do que com esse governo que está fazendo tão mal ao país e levou o Brasil à mais profunda crise da sua história recente”, disse.

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Dilma Rousseff recebe hoje três governadores do partido: Rodrigo Rollemberg (DF), Paulo Câmara (PE) e Ricardo Coutinho (PB), o que gerou rumores de que a presidente, em meio à reforma ministerial, convidaria o PSB a voltar ao governo. Eduardo Campos foi ministro de Ciência e Tecnologia nos primeiros anos do governo Lula. Siqueira disse os governadores apenas atendem a um chamado da presidente para discutir questões de seus estados e que “não há hipótese” de o PSB retornar ao governo petista.

“Ela convidou os governadores, ela que vai dizer o que vai acontecer. Os governadores têm que resolver problemas de seus estados, mas não precisa ser governo para isso. Até na ditadura tivemos governador de oposição, as questões estaduais estão acima disso”, pontuou.

Na semana passada, emissários da presidente Dilma Rousseff procuraram parlamentares do PSB para sondarem sobre uma volta do partido ao governo a partir da indicação de um pessebista a uma vaga na Esplanada. Apesar da animação de um grupo de deputados com a ideia, a direção do partido agiu para contê-los.

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O vice-presidente do partido, Beto Albuquerque, disse que a posição de independência ao governo foi votada pela executiva nacional do PSB e que só uma nova reunião para desfazê-la. Beto afirmou ainda que o partido não tem interesse em cargos no governo e que manterá o afastamento. Um dirigente do partido afirmou à reportagem que os governadores Rodrigo Rollemberg (DF), Paulo Câmara (PE) e Ricardo Coutinho (PB) não têm autonomia para definirem com a presidente uma eventual participação no governo.