O PSB do Rio Grande do Sul seguiu o exemplo do comando nacional da sigla e decidiu sair do governo petista de Tarso Genro no Estado. A definição ocorreu em reunião na noite de ontem e foi formalizada em um rápido encontro com o governador hoje.
Na semana passada, o PSB nacional havia anunciado sua saída do governo Dilma Rousseff devido ao projeto de candidatura própria na eleição presidencial de 2014, com Eduardo Campos.
Com a iniciativa no plano federal, a relação entre as duas siglas no Rio Grande do Sul ficou ainda mais abalada. O PSB é o partido do vice de Tarso, Beto Grill. Um dos motivos do desgaste é a possibilidade de a sigla se unir em 2014 ao PP, hoje principal polo da oposição ao PT gaúcho, para abrir um palanque a Campos no Sul no próximo ano.
Com o rompimento, o PSB perde uma das secretarias mais importantes do governo estadual, a da Infraestrutura.
Em carta encaminhada a Tarso, o presidente estadual do PSB, Beto Albuquerque, justifica a decisão afirmando que o diretório gaúcho é "ciente de sua responsabilidade política com o projeto nacional do partido". Albuquerque deve ser um dos principais articuladores da campanha de Campos à Presidência. Até 2012, ele foi secretário da Infraestrutura do Estado.
"Naturalidade"
Tarso afirmou que vê a iniciativa do PSB com "naturalidade" e que a relação com Beto Grill continuará a mesma.
Também disse que os ex-aliados não vão integrar a oposição, mas uma bancada independente. "Seria muito estranho ele ser oposição a um projeto que ajudou a construir até agora."
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