O DEM e o PTB vão entrar nesta quinta-feira com representações no Ministério Público para que sejam investigadas irregularidades no recolhimento de assinaturas para a criação do PSD, o novo partido do prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab. O jornal O Estado de S. Paulo revelou na quarta que funcionários da Prefeitura estariam coletando assinaturas. O novo partido já enfrenta investigação em Santa Catarina - lá, um chefe de cartório encontrou nomes de eleitores mortos nas assinaturas para o registro da legenda.
A reportagem mostrou na quarta o e-mail de uma funcionária pedindo que amigos assinassem as listas de registro. Na mensagem, a assessora dizia que recebeu "missão" de Kassab para que os "pobres mortais dependentes de cargos comissionados" coletassem assinaturas.
Para o secretário-geral do PTB nacional, deputado estadual Campos Machado (SP), o pedido mostra que há indícios de uso indevido de servidores e da máquina pública em favor de partido político, abuso de autoridade e abuso do poder econômico. "Não quero ser leviano e já condenar, mas a investigação tem de ser feita." Ele é aliado de longa data do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).
O presidente nacional do DEM, José Agripino (RN), também questionou a atuação de servidores. "Na hora em há que uso da máquina pública, com instrumentos não permitidos pela lei, coloca-se em xeque o registro de todos os partidos", disse ele. Agripino afirmou que não pretende criar uma guerra "DEM versus PSD", mas ressalta a posição da legenda. "Esperamos que outros partidos o façam."Defesa
O secretário-geral da comissão provisória do PSD, Saulo Queiroz, disse que as irregularidades provocam "constrangimento", mas acredita que são casos isolados. "Ninguém recebeu instrução de cometer algo ilegal. Mas as pessoas ficam com a preocupação de ajudar e eventualmente não entendem que não podem fazer esse tipo de coisa."
Kassab negou que tenha feito uso da máquina pública da Prefeitura para recolher assinaturas em apoio à criação do PSD. O prefeito disse que nunca pediu a nenhum dos servidores municipais, nem a funcionários comissionados, que participassem de campanha de angariação de assinaturas em favor da nova legenda. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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