O presidente nacional do PSD e ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, disse ontem que a posição do partido de apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff "está consolidada", descartando, com isso, a possibilidade de o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles (PSD) ser vice do tucano Aécio Neves, candidato a presidente da República.
"Está consolidada a posição do PSD em apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff. Ela já foi inclusive a evento do partido em que a aliança foi consolidada", disse Kassab. "Em torno de 80% do partido quer a aliança com Dilma. Os outros 20% é de gente nos estados que tem dificuldade em manter alianças com o PT. Mas são minoria dentro do partido."
Kassab disse que jantou com Dilma na quarta-feira passada no Palácio do Planalto e que esteve também com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a quem garantiu a manutenção da posição de apoio à reeleição. "Fui dar um abraço na presidente e reafirmar o apoio. Com Lula nossa relação é rotineira. Todos sabem da nossa disposição de aliança nacional", afirmou Kassab.
Para ele, não será mais necessário conversar com Dilma ou com a cúpula do PT para discutir a aliança com a presidenteda República. "Já concluímos esse processo de consulta dentro do partido e a decisão de apoiar Dilma já foi fechada. Não tem mais como ter outra posição."
Em aberto
O que ainda não está totalmente fechado no PSD é a candidatura de Kassab ao governo de São Paulo. "Minha posição é de ser candidato ao governo de São Paulo, mas tem gente dentro do partido que defende conversas com o PSDB ou com o PMDB. Essas conversas vão continuar e devem se arrastar até o início de junho, quando acontecem as convenções estaduais", disse Kassab.
Dentro do PSD, há quem defenda que Kassab seja vice do governador Geraldo Alckmin (PSDB), candidato a reeleição. Outros defendem que ele seja vice do empresário Paulo Skaf (PMDB), presidente da Fiesp, e pré-candidato a governador.
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