A equipe de transição do governador eleito Beto Richa (PSDB) diz que as medidas que estão sendo tomadas pelo atual governo do Paraná podem comprometer a receita do estado em até R$ 700 milhões em 2011. O alerta foi feito ontem pelo futuro líder de Richa na Assembleia Legislativa, deputado Ademar Traiano (PSDB), durante reunião da equipe de transição do novo governo ontem à tarde.
"É um volume de recursos significativo e preocupante, fruto de ações unilaterais, sem conversar com a equipe de transição", afirmou Traiano. Segundo o deputado, medidas como benefícios fiscais, antecipações de receita e licitações seriam as que mais comprometem o novo orçamento.
No início desta semana, a equipe de transição do governador eleito pretendia apresentar ao público o diagnóstico completo da situação do estado. Porém, segundo o coordenador da equipe de transição Carlos Homero Giacomini, o relatório está "atrasado e incompleto".
O atraso, segundo ele, se dá porque, das 165 questões encaminhadas à equipe criada pelo atual governador, apenas 60% teriam sido respondidas.
"Estamos esperando que todos os órgãos do governo colaborem e nos entreguem os dados", disse Giacomini. Ele conta que pelo menos cinco órgãos da administração não entregaram informação nehuma, entre eles a Copel e a Secretaria da Fazenda.
"O tempo está jogando contra a nova administração. Faltam apenas quarenta e cinco dias para o fim deste governo e ainda não temos informações seguras para tomarmos definições mais claras sobre o início do novo governo", afirmou Traiano.
A equipe de transição espera concluir o diagnóstico final da situação do estado até o início da próxima semana e apresentá-lo em dois documentos separados. Um deles será um relatório minucioso da pesquisa. O outro será um resumo abordando as 50 questões mais complexas do levantamento.
De acordo com o deputado Nereu Moura (PMDB), relator do orçamento de 2011, a maior parte é de perguntas elementares, cujas respostas "podem ser encontradas no site do governo". "As mais complexas com certeza vão ser respondidas. Não há motivo para esconder nada do novo governo. O Pessuti abriu o governo para a equipe de transição, ao contrário do que o Jaime Lerner fez", disse, em referência à transição de 2003, quando Robero Requião (PMDB) assumiu o governo.
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