A campanha do candidato do PSDB à Presidência da República, Aécio Neves, reconheceu que ele usou "ocasionalmente" o aeroporto do município de Cláudio, no interior de Minas Gerais – mesmo com a pista ainda operando de forma irregular, sem a homologação da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). A informação foi publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo, com base em um documento enviado pela própria campanha tucana. O PSDB alega que, embora a Anac ainda não tenha homologado o aeroporto, a própria agência tem uma norma que permitiria "operação ocasional" de helicópteros em aeroportos não homologados – dando a entender que o uso feito por Aécio foi com helicóptero e não com avião.

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O aeródromo de Cláudio foi construído pelo governo mineiro, quando Aécio era governador, em uma área de um tio do tucano. O terreno foi desapropriado pelo governo mineiro, mas o pagamento é alvo de questionamento na Justiça. A construção custou R$ 14 milhões aos cofres públicos. Um primo de Aécio, que mantinha as chaves do aeroporto, chegou a afirmar que ele sempre utiliza o local quando visita a cidade, uma "média de seis ou sete vezes por ano".

Desde o último dia 20, quando o caso tornou-se público, Aécio vinha negando-se a dizer se havia usado o aeroporto – que se localiza a seis quilômetros de uma fazenda do tucano. Embora, a campanha de Aécio tenha admitido que ele usou o aeroporto, o candidato ontem se recusou mais uma vez a responder sobre o assunto. Classificou a informação como "irrelevante" e disse que preferia conversar sobre a economia brasileira.

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