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| Foto: Albari Rosa/Gazeta do Povo

Com o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff em curso, partidos da oposição ao governo agora estudam se e como participarão de um eventual governo Michel Temer.

E esse quadro vale, inclusive, para o PSDB – partido que obteve 51 milhões de votos no segundo turno das eleições presidenciais de 2014. Integrantes da sigla já disseram que pretendem apoiar um novo governo chefiado pelo PMDB, mas farão isso sob “certas condições” e “pontualmente”.

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O deputado paranaense Luiz Carlos Hauly afirmou que não imagina o PSDB participando oficialmente de uma eventual gestão Temer.

Ele admite, entretanto, que o partido ceda políticos para o governo. “Se for chamado, devemos autorizar pontualmente e dar apoio institucional no Congresso. Se ele [Temer] quiser um senador como ministro, o PSDB deverá autorizar. Mas isso sob risco pessoal dele [do indicado]”.

Em entrevista o jornal Valor Econômico, o senador Aécio Neves, adversário da presidente Dilma Rousseff nas últimas eleições, colocou condições para apoiar um eventual governo do vice. “Uma agenda capitaneada pelo Temer vai depender da coragem que ele tenha de encabeçar esta agenda, mas não tira do PSDB o seu compromisso de apresentar para o país uma proposta eleitoral. Não abdicamos do nosso projeto. Vamos dar sustentação política para o governo Temer desde que refaça o que precisa ser feito, construa essa linha”, afirmou à publicação.

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Hauly também comentou essas condições. “Falei com ele [Temer] rapidamente na última quinta (14). Queremos [ouvir] propostas de repactuar o Brasil, com a sociedade, trabalhadores, empresários, governadores, profissionais liberais, o Congresso e os partidos. Todos juntos. É a mais brutal crise da história brasileira. Se ele tiver capacidade, poderá recolocar o Brasil nos trilhos”, disse o deputado.

Para Valdir Rossoni, atual chefe da Casa Civil no Paraná, a participação do PSDB depende de como o Temer for montar os ministérios. “Se for um grupo de pessoas de alto nível, competentes e moralmente intocáveis, nosso apoio pode ser mais forte. Mas não podemos avalizar um governo que tenha qualquer vínculo com essa corrupção petista”, declarou.

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