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Osmar Dias: não é indecisão, é questão familiar mesmo. | Antonio Costa/Gazeta do Povo
Osmar Dias: não é indecisão, é questão familiar mesmo.| Foto: Antonio Costa/Gazeta do Povo

Acordo

PT de olho na vice do PDT

Alheios à tentativa de aproximação do PSDB com o PDT, os petistas mantêm o discurso de reproduzir no Paraná a aliança que dá sustentação ao governo federal. A presidente estadual da legenda, Gleisi Hoffmann, já fala, inclusive, em possíveis nomes para ocupar a vaga de vice na chapa de Osmar Dias ao governo: Jorge Samek, diretor-geral de Itaipu, ou o deputado federal Ângelo Vanhoni. Pré-candidata ao Senado, Gleisi afirma que a definição do partido sobre alianças será tomada até março. (ELG)

Lideranças do PSDB nacional têm mantido conversas informais com o diretório do PDT no Paraná com vistas à eleição para governador, em outubro. A informação – confirmada por membros da cúpula pedetista local – surge no exato momento em que a aproximação entre PDT e PT ganha cada vez mais contornos de aliança. No ninho tucano, esse acordo é visto como uma ameaça capaz de tirar votos importantes de José Serra, pré-candidato do partido à Presidência da Repú­­blica, no Paraná. Por isso, o objetivo do PSDB é fechar um acordo com o PDT paranaense e deixar a petista Dilma Rousseff com o palanque esvaziado no estado, para a disputa presidencial.

O desejo tucano, porém, esbarra na pré-candidatura do senador Osmar Dias (PDT) ao governo do estado. Como o PSDB já tem dois pré-candidatos ao Palácio Iguaçu – o senador Al­­varo Dias e o prefeito de Curitiba, Beto Richa –, os partidos precisariam entrar em acordo sobre quem seria o cabeça de chapa. Entretanto, nenhuma das legendas têm se mostrado disposta a abrir mão da tentativa de eleger o próximo governador. Diante do impasse, o PT tem reiterado sucessivamente a vontade de estar ao lado do PDT na eleição de outubro – hoje, inclusive, Os­­mar Dias e a cúpula nacional pedetista almoçam com a ministra Dilma Rousseff, em Brasília.

"Estamos abertos a todos os partidos que queiram conversar com o PDT. Mas, neste ano, ainda não me reuni com o PSDB e com nenhum outro partido", afirmou Osmar Dias. "Por enquanto, não há nada concretizado (em termo de alianças). Estou concentrado na construção do nosso plano de governo".

Principal articulador do PDT no Paraná, o presidente estadual da legenda, deputado Augus­­tinho Zucchi, disse que ainda não há definições sobre alianças e que o partido continua dialogando com o PSDB e também com o PT. "Queremos reeditar a aliança (PDT-PSDB) das duas últimas eleições, mas desde que o Osmar seja o candidato a governador. Essa condição não está em discussão", declarou. Questio­­nado sobre um possível acordo com o PT, Zucchi afirmou que "se nossa prioridade puder ser compatível com o projeto petista, bem. Se não, poderemos ser bons amigos".

Para o presidente estadual do PSDB, deputado Valdir Rossoni, o PDT precisa definir com quem pretende se aliar. "Quando o PDT definir que quer ficar com o PSDB, poderemos estabelecer parâmetros para decidir quem será o candidato a governador", argumentou. Segundo Rossoni, a definição pela aliança atenderia a prioridade do partido em dar palaque a José Serra no Paraná. "Fui um lutador pelo apoio ao Osmar na candidatura a governador, em 2006. Por isso, gostaria muito que o PDT estivesse conosco novamente. Mas, se não for possível, vou fazer o quê?", declarou.

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