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Richa e Serra: pessoas ligadas ao prefeito dizem que ele descartou ser vice | Rodolfo Bührer/ Gazeta do Povo
Richa e Serra: pessoas ligadas ao prefeito dizem que ele descartou ser vice| Foto: Rodolfo Bührer/ Gazeta do Povo

O prefeito de Curitiba, Beto Richa (PSDB), foi sondado para ser o candidato a vice-presidente na chapa do governador de São Paulo, José Serra, para a Presidência da República. Emissários do alto escalão tucano foram enviados a Curitiba, no mês passado, para averiguar a possibilidade do prefeito ser o vice de Serra.

Um político muito próximo de Richa confirmou o encontro, mas garantiu que essa possibilidade está descartada. O prefeito teria justificado que tem compromissos já firmados com a candidatura para o governo do Paraná. A reportagem procurou ontem o prefeito para comentar a possibilidade de ser o vice de Serra, mas sua assessoria informou que ele estava em viagem pelo interior do estado e que não conseguiu localizá-lo.

A informação de que Richa seria um dos nomes cotados para assumir a vice de Serra foi divulgada ontem na coluna de Dora Kramer, publicada diversos jornais do país, inclusive na Gazeta do Povo. Além do prefeito de Curitiba, os nomes do deputado federal Roberto Freire (PPS-PE) e do senador Francisco Dorneles (PP-RJ) teriam sido aventados.

Problema resolvido

A desistência de Richa em disputar a eleição ao governo do estado para concorrer como vice de Serra resolveria dois problemas do PSDB nacional no Paraná: minaria a aliança do PDT de Osmar Dias com o PT e fortaleceria o palanque de Serra. Com o prefeito de vice, o PSDB no estado voltaria a se aliar com Osmar. Ou seja, o senador seria apoiado pelos tucanos na disputa pelo Palácio Iguaçu. Isso deixaria o PMDB de Orlando Pessuti como a única opção de palanque para a candidata petista Dilma Rousseff no estado – um palanque, hoje, muito mais fraco, segundo as pesquisas de intenção de voto.

Ontem, por telefone, Osmar disse que jamais ouviu qualquer conversa de que Richa sairia como vice de Serra. "Nunca ouvi isso", disse o senador pedetista.

Segundo ele, o namoro do PDT com o PT está avançado. Ainda assim, o senador comentou que não tem data para torná-lo oficial. "Só vamos anunciar [uma provável aliança com o PT] quando fecharmos com todos os partidos que vão apoiar a nossa candidatura", adiantou o pedetista.

Na mira, com conversas já adiantadas, estão o PR, o PCdoB e o PSC. Hoje pela manhã Osmar vai se reunir com o senador Ricardo Barros (PP). Em pauta, uma possível aliança entre os partidos.

PSDB com DEM

Com o nome de Beto descartado e o do governador de Minas Gerais, Aécio Neves, cada vez mais distante, os partidos políticos se articulam para oferecer candidatos a vice de Serra. Ontem, o presidente nacional do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), confirmou que o partido apontará um candidato para compor a chapa tucana.

Setores do PSDB, porém, resistem a essa indicação, avaliando que o escândalo político envolvendo o governador cassado do Distrito Federal, José Roberto Arruda (sem partido, ex-DEM), causou grande desgaste à imagem dos Democratas e poderia prejudicar a candidatura do tucano.

Maia disse que uma das possibilidades de indicação é o da senadora Katia Abreu (TO), presidente da Confederação Nacional da Agricultura (CNA).

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