Os presidentes dos diretórios estadual e municipal do PSDB de São Paulo, Duarte Nogueira e Milton Flávio, e o líder da bancada do partido na Câmara Municipal, Floriano Pesaro, divulgaram nesta terça-feira, 28, uma nota na qual qualificam como xenófobas as afirmações feitas pelo vereador Coronel Telhada (PSDB-SP).
No domingo, depois de confirmada a reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT), Telhada, eleito deputado estadual com mais de 250 mil votos, a segunda maior votação de São Paulo, publicou um texto em seu perfil no Facebook no qual defendia a separação de São Paulo do restante do Brasil.
"Acho que chegou a hora de São Paulo se separar do resto desse país", diz a postagem.
Ontem, diante da repercussão negativa, o partido reagiu. "O PSDB não compartilha com tais ideias, que consideramos xenófobas. O partido luta pela igualdade entre as pessoas, sem distinção de origem, religião, gênero e orientação sexual; e pela soberania nacional."
A nota diz também que Telhada teria se retratado na mesma rede social. Na verdade, o vereador apenas negou ter ofendido integrantes de minorias e detalhou sua posição sobre a autonomia do Estado.
Ontem à noite, depois da repercussão negativa, Telhada fez outra postagem na qual diz "ser favorável à autonomia dos estados membros, igual o modelo dos Estados Unidos, onde os estados legislam sobre a parte jurídica, financeira e outros".
"Jamais compactuarei com a divisão geográfica e territorial do nosso Brasil", recuou o tucano.
De acordo com Milton Flávio, a divulgação da nota encerra o caso. "Telhada às vezes tem umas posições mais duras por causa de sua formação militar, mas ele é um membro do partido e tem representatividade. Muitos dos votos que o PSDB recebeu em São Paulo vieram do Telhada", afirmou. Antes de entrar no PSDB, Telhada foi comandante da temida Rota, o grupo de elite da Polícia Militar paulista. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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