O PSDB estipulou prazo até a semana que vem para uma definição de Osmar Dias (PDT) sobre a candidatura ao governo do estado. Oficialmente, o partido tucano afirma que vai esperar a recuperação do senador – que passa hoje por uma cirurgia vascular e está em licença médica por 30 dias –, mas admite já ter o nome do deputado federal Gustavo Fruet (PSDB) na manga.

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A resposta sobre a candidatura de Osmar Dias está nas mãos do presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati. Ele irá a São Paulo na próxima semana para visitar o senador no Instituto do Coração (Incor), onde ele está internado, e cobrar uma definição sobre a candidatura no Paraná.

A decisão foi tomada ontem, em Brasília, em um encontro entre o presidente nacional do PSDB, a bancada federal paranaense, o presidente regional do partido, Valdir Rossoni, e o prefeito de Curitiba, Beto Richa. Segundo Rossoni, Fruet aceita se candidatar ao governo, caso Osmar Dias desista da candidatura.

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Durante a visita a Osmar, o presidente nacional do PSDB pretende conversar sobre a posição dos médicos a respeito de sua recuperação física e qual a disponibilidade dele para ser candidato ao governo. Imediatamente após essa conversa, o PSDB "bate o martelo" sobre o nome a ser lançado para a disputa no Paraná.

Apesar da pressão, Valdir Rossoni disse que "esperar a recuperação de Osmar é uma questão de lealdade". "Ele tem o direito de tomar a decisão que for melhor para a sua saúde. Eventualmente, se decidir não ser candidato, já existe um consenso em torno do nome de Gustavo Fruet", disse o presidente regional do PSDB.

Disputa interna

Já a decisão para o Senado será mais complicada. Rossoni afirma que os nomes de Hermas Brandão e Alvaro Dias foram apresentados e passarão por decisão interna do partido. O senador Alvaro Dias, porém, diz que não disputa a convenção. "O presidente Tasso Jereissati reafirmou na reunião de ontem que a orientação do diretório nacional para o estadual é que o meu nome saia para o Senado. Diante da candidatura de Osmar, eu retirei meu nome, me organizei, me preparei para ser o candidato ao Senado, fui objetivo, não fiquei indeciso e não disputaria a convenção", disse Alvaro.

O senador tucano defende que, no caso da negativa de seu irmão na disputa ao governo, o partido no Paraná deve passar por uma discussão interna para estudar as alternativas de nomes ao governo.

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O presidente do PP no Paraná, Dilceu Sperafico – partido que ao lado do PFL deve se juntar ao PSDB na frente de oposição – disse ontem que o PSDB deve conversar com os demais partidos para definir quem será o nome da oposição na disputa. Não concorda que os tucanos apresentem o nome de Fruet como certo.

Outro assunto polêmico que foi tratado ontem na reunião em Brasília foi a possibilidade de aliança com o PMDB no Paraná. De acordo com Rossoni, Tasso Jereissati afirmou que o PMDB não procurou os tucanos para conversar sobre aliança regional no Paraná. "Não houve essa proposta com relação ao Paraná até porque Requião não vai apoiar Geraldo Alckmin", disse Rossoni.