O senador tucano Tasso Jereissati (CE) avalia que seu partido não terá saída e deverá realizar prévias para a escolha do candidato do PSDB que concorrerá à Presidência em 2010. Isso ser for mantida a atual conjuntura, com dois pré-candidatos da legenda postulantes à disputa: os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas, Aécio Neves.
"Se não tiver acordo, não temos saída, a não ser promover as prévias. Elas são absolutamente necessárias e fundamentais. Eu digo com a experiência de quem já participou de outros processos de escolha para a Presidência da República, sem que fossem mais abertos e participativos. E digo: não dá certo", declarou o senador ao Estado. Em 2002, Tasso era pré-candidato à disputa pelo Planalto, mas foi Serra quem ficou com a indicação. Ele se manteve distante da campanha e foi acusado por tucanos de atuar em favor de Ciro Gomes, adversário de Serra.
Para Tasso, o caminho de escolha não é pela cúpula partidária. "Não dá certo, não fica uma coisa legítima", disse o senador, que teceu elogios aos dois governadores, mas tergiversou quando questionado sobre sua preferência. Indagado a respeito da tese de que política tem vez, e que esse seria o momento de Serra, declarou: "Política não tem fila. Tem acordo ou voto." Citou Barack Obama, presidente dos Estados Unidos, que ganhou a eleição após vencer de virada as primárias democratas.