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Arthur Virgílio: “Não é simples assim abrir mão da relatoria” | José Cruz/ABr
Arthur Virgílio: “Não é simples assim abrir mão da relatoria”| Foto: José Cruz/ABr

Os tucanos devem entregar hoje para a base aliada o cargo de relator da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga as Organizações Não Governamentais (ONGs). A retomada da relatoria da ONGs foi a condição imposta pelos governistas para instalar a CPI da Petrobras. Protocolada há um mês na Mesa Diretora do Senado, a comissão de inquérito para apurar supostas irregularidades na estatal não começou a funcionar até agora e o governo se empenha para adiar ao máximo o início dos trabalhos de investigação.

Uma reunião dos senadores do PSDB programada para esta terça-feira, no início da tarde, vai decidir sobre da relatoria da CPI das ONGs. A amigos, o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio Neto (AM), confidenciou que está disposto a abrir mão do cargo de relator do inquérito das ONGs. Os tucanos querem, no entanto, uma contrapartida. "Não é simples assim abrir mão da relatoria", disse Arthur Virgílio.

Uma das reivindicações da oposição deverá ser em torno de um novo nome para o cargo de relator. Os oposicionistas não aceitam que o senador Inácio Arruda (PCdoB-CE) volte para a relatoria da CPI das ONGs. Arruda deixou o cargo para ingressar no inquérito sobre a Petrobras – o regimento interno do Senado impede que o parlamentar seja titular de duas comissões de inquérito ao mesmo tempo. A oposição aproveitou a saída do senador do PCdoB para pôr em seu lugar o senador tucano. Os oposicionistas querem ainda que o futuro relator aceite parte da proposta de trabalho apresentada na semana passada por Virgílio para a CPI das ONGs.

Instalação

A data de instalação da CPI da Petrobras não foi marcada pelos governistas, mas deverá ocorrer ainda nesta semana. Será a quarta tentativa para que a comissão comece a funcionar. Mas os governistas estão determinados a tentar adiar o funcionamento da comissão. Uma das artimanhas que deverá ser usada pelo futuro relator é o pedido de um prazo grande para fazer um cronograma com todos os passos e sugestões de depoimentos para a investigação da Petrobras. A ideia é encontrar uma saída para que ela comece a funcionar depois do recesso parlamentar de julho.

Autor do requerimento de criação da CPI da Petrobras, o senador Alvaro Dias (PSDB-PR) foi à tribuna para avisar que estuda entrar com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) para garantir a instalação do inquérito. O senador tucano também pretende pedir ao presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), a substituição dos senadores governistas que não compareceram às reuniões da CPI da Petrobras, impedindo sua instalação.

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