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O senador tucano Aloysio Nunes | MOREIRA MANIZ/MOREIRA MANIZ
O senador tucano Aloysio Nunes| Foto: MOREIRA MANIZ/MOREIRA MANIZ

O PSDB reagiu ao anúncio do PT de querer ampliar o foco de investigação da CPI da Petrobras na Câmara, retroagindo à década de 1990, quando os tucanos comandaram o país. O partido diz que “não tem nada a temer”, mas acusa o governo de querer criar uma manobra diversionista para tirar o foco das investigações sobre os repasses de dinheiro ao PT. A reação mais forte veio do Senado. Ex-ministro do governo Fernando Henrique, o senador Aloysio Nunes Ferreira (SP) disse que a presidente Dilma Rousseff age como uma “chefe de facção”.

O líder do PSDB na Câmara, deputado Carlos Sampaio (SP), disse que o PT tentar colocar “todos na mesma vala” e questionou a validade do requerimento que os petistas já prepararam. Carlos Sampaio disse que uma ampliação só ocorre quando há a comprovação de uma conexão dos fatos. Na visão dele, não há conexão, porque o ex-diretor da Petrobras Pedro Barsuco disse que em 1997 recebeu propina individualmente e não dentro de um esquema, como agora.

“Estão querendo dizer que estamos todos na mesma vala, mas não estamos. E propor ampliação sem comprovar conexão é desconhecer os fatos. Tem que ouvir primeiro o Barusco, que disse que naquela época recebia individualmente. Eles estão querendo tirar o foco desse esquema que está aí”, disse Carlos Sampaio.

No Senado, o líder do PSDB na Casa, Cássio Cunha Lima (PB), disse que o partido não teme investigação.

“Pode investigar da época da Casa Portuguesa para cá. Não tememos investigação. Mas não vamos aceitar medidas, posturas diversionistas para tirar o foco dos principais problemas do país”, disse Cássio Cunha Lima, irônico.

Ex-ministro da Justiça na gestão de Fernando Henrique Cardoso, Aloysio disse que a presidente Dilma “partiu para o ataque” à oposição.

“Lamento que a presidente não tenha outra a coisa a fazer a não ser acoar a oposição, como se ela pudesse nos meter. Um presidente da República não poderia ser chefe de uma facção, chamando a oposição para a briga. Um presidente deveria se desfiliar“, disse Aloysio. “Essa senhora, que foi durante 12 anos foi a pessoa que mais influiu no destino da Petrobras. Ela e o presidente Lula. Será que nestes 12 anos, eles que tiveram a faca e o queijo na mão, não teriam como levantar nem que fosse uma leve suspeita sobre o passado? A presidente parte para o ataque, depois de se encontrar com o seu mentor (Lula). Mal sabem eles que não temos medo nenhum deles. E com essa declaração da presidente Dilma é que ela não sabe o que fazer. Estamos sem governo. É um governo que perdeu o pé, que não sabe para que existe. “

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