O PSDB anunciou neste sábado (19) as pré-candidaturas de Alvaro Dias e Beto Richa para o governo do estado. Com isso, fica praticamente descartada a aliança com o PDT, do senador Osmar Dias, que também é pré-candidato à sucessão de Roberto Requião. Há consenso entre os tucanos, que será candidato ao governo aquele que estiver melhor nas pesquisas que serão realizadas até junho do próximo ano.

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O quadro de acordos partidários para a sucessão estadual permanece indefinido, já que legendas como PP e o DEM, que integraram a aliança de 11 partidos que elegeu Beto Richa prefeito de Curitiba em 2008, precisam se adequar às ambições de seus pré-candidatos ao Senado.

O anúncio das pré-candidaturas de Alvaro e Beto ocorreu durante o encontro regional do PSDB, neste sábado, no início da tarde, em Curitiba. Cerca de 3 mil pessoas, de 200 municípios do estado, entre eles políticos de vários partidos, como presidente do PP estadual, Ricardo Barros, deputados do DEM, e lideranças do PPS e do PSB. Os tucanos definiram também que os deputados federais Alfredo Kaefer e Gustavo Fruet são seus pré-candidatos ao Senado.

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O encontro do PSDB ocorre dois dias após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter vindo a Curitiba, trazendo em sua comitiva o senador Osmar Dias, deixando claro a sua de intenção fechar uma aliança entre o PT e o PDT no estado, o que permitiria Dilma Rousseff, candidata de Lula a sua sucessão, ter um palanque forte no Paraná para enfrentar o governador paulista, José Serra, candidato favorito à eleição presidencial.

Procurado pela reportagem, Osmar Dias informou, por meio de sua assessoria, que não iria comentar a decisão dos tucanos. O senador lembrou que o PDT já tem sua pré-candidatura e vem percorrendo os municípios paranaenses discutindo um plano de desenvolvimento para o estado.

Ricardo Barros, que é vice-líder do governo Lula na Câmara dos Deputados, disse que sua presença no encontro do PSDB ocorreu porque ele é presidente estadual de um partido que apoia a coligação que elegeu Beto Richa e que faz parte do seu governo em Curitiba. Questionado sobre quem o PP irá apoiar em 2010, Barros afirmou que ainda é muito cedo, mas o partido tem objetivos para o próximo ano, que deverão ser contemplados para se fechar as alianças. "Nós queremos viabilizar uma coligação nas proporcionais e a candidatura ao Senado", afirmou o deputado, que é pré-candidato a senador pela legenda.

DEM

O presidente do DEM no estado, deputado federal Abelardo Lupion, que não esteve no encontro tucano, afirmou que em seu partido há correntes que divergem quanto a quem apoiar em 2010. "Nessa grande aliança que elegeu Beto Richa em 2008, o DEM está atuando como 'algodão entre cristais'. O nosso objetivo é tentar manter essa aliança entre os partidos de oposição ao governo Requião", afirmou Lupion. "Eu, particularmente prefiro que Osmar Dias seja o candidato dessa aliança (entre DEM, PDT e PSDB), porque se o Beto Richa deixar a prefeitura, ela irá ser administrada pelo PSB (partido que compõe a base do governo Lula) e que pode ter como candidato à Presidência o deputado federal Ciro Gomes."

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Apesar de o PSDB ter anunciando seus pré-candidatos, Beto negou que esteja descartada a aliança com Osmar Dias. "Reitero que vamos buscar um grande leque de alianças, muito provavelmente consigamos repetir as que tivemos na última eleição."

Já Alvaro Dias reafirmou que tem um compromisso com o irmão Osmar e que entre eles há o pacto de somente sair candidato aquele que estiver melhor nas pesquisas de opinião no ano que vem. "Só serei candidato se estiver liderando as pesquisas. Melhor posicionado que Beto e Osmar." Os discursos de Beto Richa e Alvaro Dias foram de conciliação em torno da unidade do PSDB.