Os comandos dos partidos de oposição realizarão na próxima semana uma reunião para iniciar a definição do rumo que seguirão depois das eleições municipais. O encontro está sendo articulado pelos presidentes do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), e do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ), que convidarão o presidente do PPS, deputado Roberto Freire (PE). A idéia é fazer também um balanço do atual quadro eleitoral nos municípios onde estão coligados, com a participação do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e do ex-senador Jorge Bornhausen.

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Depois dessa primeira reunião, que ainda não tem data marcada, a oposição fará um segundo encontro, desta vez mais amplo, com participação das bancadas de deputados e senadores. A proposta é agregar às cúpulas partidárias os líderes e parlamentares do PSDB, DEM e PPS e deputados e senadores de partidos que integram a base aliada do governo, como PMDB e PR.

A expectativa de Sérgio Guerra é de que, na próxima semana, já sejam alinhavados os principais pontos da agenda pós-eleitoral da oposição. "Precisamos discutir a desordem institucional acentuada com a condução e os desdobramentos da Operação Satiagraha e, sobretudo, os novos fatos econômicos, como o aumento da inflação, o déficit de transações correntes e a alta dos preços dos alimentos", disse Guerra.

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O senador defende uma "unidade orgânica e produtiva" da oposição rumo às eleições de 2010. O PSDB e o DEM fazem aliança em 14 municípios, mas estão em campos opostos na disputa em três capitais que são importantes para a eleição de 2010. Além de São Paulo e Rio de Janeiro, os partidos estão em palanques diferentes em Belo Horizonte. O PSDB está aliado ao PSB em torno da candidatura de Márcio Lacerda, e o DEM lançou candidato próprio à prefeitura da capital mineira, com Gustavo Valadares. Já o PPS apóia, em BH, o mesmo candidato dos tucanos.

Em São Paulo - considerada a eleição mais importante para 2010 -, os três partidos têm candidatos próprios à prefeitura da capital com Gilberto Kassab (DEM), Geraldo Alckmin (PSDB) e Soninha Francine (PPS). No Rio de Janeiro, o DEM lançou a deputada Solange Amaral; e o PSDB e o PPS coligaram-se com o PV em apoio ao deputado Fernando Gabeira.

A maior briga entre PSDB e DEM se dá em Salvador, onde o deputado Antonio Carlos Magalhães Neto , do DEM, está empatado com o tucano Antonio Imbassahy segundo as mais recentes pesquisas de intenção de votos. A eventual vitória de Neto implica fortalecimento do "carlismo" na capital.

No Recife, o PSDB, o DEM e o PPS estão em campos opostos Os tucanos se aliaram ao PMDB, e o PPS apóia Carlos Eduardo Cadoca, do PSC, que tem ligações estreitas com o governador Eduardo Campos (PSB) cogitado também para vice na eventual candidatura presidencial da ministra Dilma Rousseff, juntamente com o deputado Ciro Gomes (PSB-CE). Já o DEM disputa com o ex-governador Mendonça Neto. PSDB, DEM e PPS estão unidos em Curitiba e em Florianópolis.

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