O PSDB e o DEM se recusaram a fazer acordo com o governo para votar hoje o projeto de lei que cria o Fundo Soberano do Brasil (FSB). A rejeição a um entendimento foi manifestada pelos dois partidos oposicionistas em reunião de líderes que terminou esta tarde, no gabinete do presidente do Senado, senador Garibaldi Alves (PMDB-RN).
O líder do governo, senador Romero Jucá (PMDB-RR), anunciou que mobilizará a base aliada para aprovar a Medida Provisória (MP) 443, que autoriza o Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal a comprarem participação em instituições financeiras. A MP 443 está trancando a pauta, pois não foi votada dentro do prazo constitucional, e agora sua apreciação tem prioridade em relação a qualquer outra proposição.
Jucá, em conversa com o ministro de Relações Institucionais, José Múcio, afirmou que vai "para o pau", ou seja, colocará a MP 443 em votação mesmo que a oposição esteja obstruindo.
Jucá disse que, se os oposicionistas insistirem na obstrução, os governistas se recusarão a colocar hoje em votação as indicações de nomes de senadores feitas pelo Senado para o Tribunal de Contas da União (TCU). Os indicados são o ex-senador José Jorge (DEM), atual presidente da Companhia Energética de Brasília (CEB), e o senador Leomar Quintanilha (PMDB-TO).