Guilherme Boulos, membro da coordenação nacional do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), disse nesta quinta-feira (13) que o PSDB, embora não assuma, tem posições de extrema direita. A frase foi dita durante uma marcha organizada pelo MTST na avenida Paulista, em São Paulo.
O protesto visa se opor à manifestação anterior, também na avenida Paulista, realizada por eleitores anti-Dilma descontentes com o resultados das eleições. Na ocasião, os presentes pediam o impeachment da presidente e exibiam cartazes favoráveis à intervenção militar. "O PSDB na verdade tem vergonha em assumir suas posições, que em grande medida se assemelham com a extrema direita", disse Boulos. No dia do protesto contra Dilma, Alberto Goldman, vice-presidente nacional do PSDB e ex-governador de São Paulo, disse que nem a sigla nem a direção da campanha do senador Aécio Neves (MG) incentivam, organizam ou dão suporte às manifestações contra a presidente.
O ato está ocupando todo o vão livre do Masp (Museu de Arte de São Paulo) e um trecho da Paulista no sentido centro. A via está interditada pelos manifestantes desde o museu até a rua Consolação. Além dos militantes do MTST, há bandeiras da juventude do PSOL, da CUT, do sindicato dos bancários e dos professores da rede estadual. A candidata à Presidência pelo PSOL, Luciana Genro, também está presente."Essa marcha é pelas conquistas contra a direita", explicou Boulos. "Fomos nós que elegemos a presidenta Dilma e não vamos deixar que a direita imponha a sua agenda", acrescentou.
Os organizadores pretendem passar pelo Jardins, bairro nobre da cidade, antes de se dirigir ao destino final, na praça da Sé, no centro antigo de São Paulo. A intenção é levar dois carros de som -que ainda estão no vão do Masp- e tocar forró nos Jardins como maneira de criticar os eleitores de direita que hostilizaram nordestinos que votaram no PT. "Só o fato de ter milhares de pessoas que não tem vergonha de mostrar a cara dizendo que defendem uma ditadura é preocupante", afirmou Boulos durante a manifestação.Cerca de 50 PMs acompanham o ato de longe, em frente ao Parque Trianon.
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