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O presidente do PSDB, senador Sérgio Guerra (PE), comentou, nesta quinta-feira (2), a crise no Senado e disse que "o PSDB não quer tomar o poder, muito menos no tapetão", referindo-se à declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As declarações foram divulgadas pela assessoria do governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), com quem Guerra se reuniu nesta quinta.

Na quarta (1º), Lula afirmou que o DEM e o PSDB estavam querendo ganhar o comando do Senado no "tapetão". Os dois partidos pediram que o presidente da Casa, José Sarney (PMDB-AP) se licencie diante das denúncias de irregularidades em atos, nomeações de parentes e contratos.

"É importante para o DEM e PSDB, que querem que ele [Sarney] se afaste para o Marconi Perillo (senador pelo PSDB-GO e primeiro vice-presidente do Senado) assumir", afirmou Lula.

Nesta quinta, Guerra disse que o suposto interesse do PSDB em dar lugar a Perillo é uma "falsa questão" e que não haveria diferença entre uma renúncia ou pedido de licença de Sarney.

"Se o presidente Sarney renunciar, o vice-presidente assume por uns dias e vai ter que fazer eleições depois. Se o presidente Sarney se licencia, o vice-presidente assume para, num prazo determinado, que também é breve, fazer novas eleições. Então é uma falsa questão."

Ele também defendeu uma reforma no Senado. "É impossível uma instituição que não sabe quantos funcionários tem. É impossível uma instituição que tem 80 senadores e perto de 8 mil servidores. Não há necessidade disso. Aquilo tudo é um grande e profundo desequilíbrio, cheio de disfunções administrativas e equivocadas."

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