Para reforçar a campanha nacional de filiação que vai promover nesta sexta-feira (14), a direção do PSDB negocia também a entrada no partido de lideranças nacionais, como o governador de Mato Grosso, Pedro Taques, que se desfiliou do PDT na segunda-feira (10); e o senador Eduardo Amorim (PSC-SE), que comanda a reestruturação do PSDB em Sergipe. Tanto Amorim, quanto Taques, querem aderir à oposição contra o governo da presidente Dilma Rousseff.
A aproximação de Amorim com o PSDB vem desde a campanha de 2014, quando teve como vice na disputa pelo governo, o tucano Augusto Franco Neto, e deu ao tucano Aécio Neves a segunda maior votação no Nordeste. “Nosso bloco político está reestruturando o PSDB em Sergipe. O caminho do bom combate , hoje, é o caminho da oposição”, disse Amorim.
A direção do PSDB dá como avançadas as negociações com o governador Pedro Taques. Aécio disse que, quando senador, já faziam uma dobradinha com o grupo dos independentes, integrado pelo hoje governador, e que as portas do PSDB estão abertas para ele. “Temos uma campanha de filiação em curso e, naturalmente, vamos buscar ampliar os quadros com lideranças de peso como Pedro Taques, Eduardo Amorim e o senador Reguffe”, disse o líder do PSDB no Senado, Cássio Cunha Lima (PB).
Em nota divulgada para oficializar sua desfiliação do PDT, na segunda-feira, o governador Pedro Taques atribui sua saída ao apoio dado pelo partido ao governo Dilma. Na semana passada a bancada do PDT na Câmara dos Deputados chegou a anunciar que deixaria a base aliada de Dilma, mas a continuidade do apoio do partido à presidente foi confirmada pelo presidente nacional da sigla, Carlos Lupi. Taques disse que “sempre demonstrou descontentamento com a direção da legenda pelo apoio ao governo”, o que o levou para o grupo dos independentes no Senado.
Taques só anunciará seu novo partido na próxima semana, mas os tucanos dão uma possível filiação ao PSDB como “apalavrada e prego batido”. “A saída do governador Taques do PDT é uma perda irreparável e mostra como o PDT está indo para o caminho errado, preferindo ficar com uns carguinhos no governo, do que oferecer a população brasileira um verdadeiro projeto de país”, lamentou o senador Reguffe.