Nas vésperas da convenção estadual do PSDB, o partido não conseguiu bater o martelo em torno dos nomes que irão compor a Executiva da legenda no estado de São Paulo, principal reduto oposicionista do país. O governador Geraldo Alckmin começou a articular diretamente um acordo entre diferentes alas do partido mas não obteve a garantia de que um racha será evitado no encontro da sigla, marcado para sábado, na Assembleia Legislativa paulista.
Em um jantar na segunda-feira, os secretários do governo Alckmin fecharam um acordo com a bancada de deputados federais para que o novo presidente da legenda seja o deputado estadual Pedro Tobias, que conta com o apoio de Alckmin. Também fecharam questão em torno do deputado federal Vaz de Lima, que foi líder do governo na Assembleia na gestão de José Serra, para a secretaria-geral.
Ocorre que o atual secretário-geral, César Gontijo, não aceita retirar a candidatura e deve disputar a reeleição. Com bom trânsito na base do PSDB, o tucano conta com o apoio do secretário paulista de Energia, José Aníbal, um dos cotados na legenda para disputar a Prefeitura em 2012.
Alckmin ligou na quarta-feira para Gontijo e o sondou sobre a possibilidade dele retirar a sua candidatura. A reportagem apurou que Gontijo não pretende desistir da disputa. Os deputados federais também informaram aos emissários de Alckmin que não querem disputar a secretaria-geral no voto e que, se Gontijo insistir, os parlamentares vão se retirar da composição da Executiva estadual. "Não vamos aceitar disputa avulsa. Se isso acontecer, o acordo está rompido", afirmou um dos deputados federais envolvidos nas negociações. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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