Brasília (AE) – O PSDB pedirá ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que investigue a denúncia do suposto recebimento de dinheiro de Cuba pela campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

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O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) afirmou que a iniciativa não anula a decisão adotada na segunda-feira de encaminhar à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Bingos nove requerimentos convocando para depor dez acusados que, segundo a Revista Veja, teriam participado do esquema para trazer US$ 3 milhões daquele país. Segundo Jereissati, "pela sua gravidade", a acusação deve, igualmente, ser investigada pela CPI dos Correios.

Ele disse esperar que o PFL também assine a representação, cujos detalhes jurídicos são discutidos.

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"O certo é que o principal alvo é o apurar se o PT violou mesmo as normas eleitorais que proíbem os partidos de receberem recursos do exterior", alegou.

Na opinião de Jereissati, a Justiça Eleitoral dispõe de meios para apurar o fato ou acionar setores e mecanismos aptos a executar a tarefa.

Entre os que o líder do PSDB no Senado, Arthur Virgílio (AM), pediu para serem ouvidos na CPI dos Bingos estão dois ex-assessores do ministro da Fazenda, Antônio Palocci, Valdimir Poleto e Rogério Buratti, que, segundo a revista, teriam ajudado a receber o dinheiro; o ex-diplomata cubano e dirigente do Partido Comunista de Cuba, Sérgio Cervantes, que viria na condição de convidado – uma vez que a CPI não pode convocar estrangeiros – e o deputado José Dirceu (PT-SP), convocado a depor sobre a extorsão contra a multinacional Gtech, ainda sem data marcada.

O vice-presidente nacional do PFL, senador José Jorge (PE), disse que a iniciativa do partido de assinar a representação do PSDB será examinada na reunião da executiva marcada para amanhã.

Provas

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Por ora, informou, o certo é que o PFL entrará, sim, com uma representação contra Lula pelo uso de dinheiro de caixa 2 na campanha.

"As provas estão nos depoimentos e na documentação em poder das CPIs", informou. Segundo Jorge, a legenda analisará também no encontro da executiva se a ação deve ser interposta no Supremo Tribunal Federal (STF), no TSE ou na Procuradoria-Geral da República. Na avaliação de Jorge, a quebra do sigilo telefônico dos envolvidos na suposta doação de Cuba será decisiva para comprovar a denúncia.

"Basta checar se, na época, a comunicação entre essas pessoas foi mais intensa", alegou.