O PSDB pediu nesta terça-feira ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, para investigar a conduta de agentes políticos brasileiros na decisão do Mercosul de permitir a entrada da Venezuela no bloco e a suspensão do Paraguai.
Os tucanos afirmam que as autoridades brasileiras descumpriram tratados do bloco ao autorizar a entrada da Venezuela sem que o Paraguai desse o aval para a negociação.
"As autoridades brasileiras contribuíram para uma situação esdrúxula: um país foi suspenso por suposta violação à cláusula democrática, durante o impeachment do presidente Fernando Lugo. Outro não-democrático foi aceito, através de manobra antidemocrática e em afronta a legislação brasileira, pelos 'defensores' da democracia", diz o documento.
Na representação, o PSDB diz que a adesão da Venezuela precisaria do aval de todos os partidos do bloco. Mesmo com o Paraguai suspenso, o partido afirma que o país deveria ter sido consultado - o que não ocorreu porque os demais integrantes sabiam da sua contrariedade pela adesão da Venezuela.
"Eles articularam a suspensão dos direitos de um país, Paraguai, que ainda não havia se manifestado sobre o ingresso de um outro país, Venezuela, para conseguir a inclusão deste último, numa clara burla aos tratados internacionais celebrados pelo Brasil."
Segundo os tucanos, o ministro de Relações Exteriores, Antônio Patriota, tinha conhecimento desde o dia 29 de junho que "agentes políticos brasileiros" teriam auxiliado na suspensão do Paraguai do Mercosul. Por isso sustentam que a diplomacia brasileira atuou neste sentido.
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