Três partidos fazem neste sábado (12) convenções para anunciar os posicionamentos oficiais na campanha presidencial. O PSDB vai oficializar a candidatura de José Serra, o PMDB deve confirmar o nome do deputado Michel Temer como vice de Dilma Rousseff (PT) e o PDT vai anunciar apoio à chapa encabeçaca pelo PT.
A legislação autoriza que os partidos se reúnam para confirmar seus candidatos ou oficializar apoio a outras legendas entre 10 e 30 de junho. A partir da convenção partidária, o pleiteante passa do status de pré-candidato para candidato da legenda. A candidatura se confirma somente após o registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE); o prazo para todas as legendas enviarem o pedido de registro é 5 de julho.
No caso dos apoios, o anúncio formal serve para definição das coligações, que vão determinar o tempo de horário eleitoral gratuito para cada chapa.
PSDB
O PSDB chega ao dia da convenção que oficializa o nome de José Serra sem a definição do vice. Entre os cotados estão os também tucanos Aécio Neves (governador mineiro) e Tasso Jereissati (senador pelo Ceará), além do presidente do PP, o senador Francisco Dornelles.
Para o líder tucano na Câmara dos Deputados, João Almeida (BA), a decisão deve ser tomada em breve e é possível que saia um "nome de fora". Ele não quis dizer, porém, quem seria essa opção.
A convenção acontece em Salvador (BA), entre 9h e 14h deste sábado. Participam da votação que oficializa a candidatura quase mil pessoas, segundo a assessoria de imprensa do partido. Entre os votantes estão delegados indicados pelos diretórios estaduais, integrantes do diretório nacional e congressistas. O governador Aécio Neves confirmou presença.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso não vai comparecer. Segundo sua assessoria de imprensa, ele está em viagem pela Europa por conta de compromissos acadêmicos e políticos. Entre as atividades está, segundo a assessoria, um encontro com o rei espanhol Juan Carlos, em Madrid.
Almeida diz que FHC "faz falta", mas afirmou que não se pode dar espaço para "especulações". "Isso (a ausência) levantaria suspeita não fosse o Fernando Henrique quem é. Ninguém tem dúvida de que o nosso presidente se empenhará com todas as forças na eleição."
PMDB
A convenção do PMDB será marcada pela atuação de um grupo dissidente, que reivindicou uma candidatura própria, enquanto a direção nacional da legenda havia indicado o nome de Michel Temer para vice de Dilma. Os convencionais agora terão que decidir entre indicar Temer ou optar pela candidatura própria com o ex-governador do Paraná Roberto Requião e Antônio Pedreira, do PMDB do Distrito Federal.
O edital da convocação da convenção do PMDB, que acontece em Brasília entre 9h e 17h, citava apenas a opção de referendar o nome de Temer. Em reunião na tarde de sexta, a Executiva decidiu aceitar o registro das candidaturas de Requião e Pedreira.
Segundo a assessoria do PMDB, serão distribuídas duas cédulas a cada votante. Em uma, haverá o nome do deputado Michel Temer para ser indicado a vice na coligação PT-PMDB. Na outra cédula, a opção da candidatura própria. Será preciso escolher entre Requião ou Pedreira.
Terão direito a voto 569 pessoas, entre senadores, deputados, integrantes do diretório nacional e dos diretórios estaduais. Ao todo serão 804 votos, porque alguns têm direito a mais de um voto. Michel Temer, por exemplo, tem três votos: como deputado federal, como membro do conselho do partido e como integrante do diretório nacional. Dilma e Lula devem comparecer na convenção.
PDT
O PDT vai oficializar apoio a candidatura de Dilma. O evento acontece na capital paulista entre 10h e 15h. O presidente Lula e a ex-ministra Dilma confirmaram presença pela manhã.
O diretório paulista da legenda também vai realizar sua convenção estadual no mesmo lugar e data, mas a principal definição, a indicação do vice na chapa do petista Aloizio Mercadante (PT), deve ficar para depois. Segundo o partido, a definição do nome sairá em breve. Um dos nomes cotados era o do deputado estadual Major Olímpio. O impasse deve ser resolvido na reunião da Executiva estadual, um dia antes da convenção do PT paulista, em 24 de junho.
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