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A entrada em cena do ex-presidente Lula na defesa do ministro Antonio Palocci teve reação quase que imediata do PSDB. O Instituto Teotônio Vilela (ITV), órgão de formação partidária dos tucanos, publicou em seu site um texto em que associa o caso Palocci ao esquema de fraudes em contratos públicos da Sociedade de Abas­­tecimento de Água e Saneamento (Sanasa), empresa da prefeitura de Campinas, no interior de São Paulo, administrada por uma coligação PDT-PT. No texto, o ITV diz que o enriquecimento do ministro e a "máfia de Campinas" são "faces de uma mesma moeda: a que busca garantir que os cofres do PT sejam permanentemente irrigados para financiar o projeto de poder do partido".

Tucanos

O texto do ITV foi divulgado no mesmo dia em que o jornal O Estado de S. Paulo publicou reportagem informando que o empresário José Carlos Bumlai, amigo de Lula, seria alvo de investigação do Ministério Público (MP) sobre esquema de propina envolvendo a prefeitura de Campinas. De acordo com o jornal, Bumlai teria cogitado a possibilidade de fazer delação premiada para "proteger Lula". Essa intenção do empresário teria sido mencionada em interceptação telefônica feita em conversa entre um advogado e o delator do esquema, Luiz Augusto Aquino, ex-diretor-presidente da Sanasa.

O presidente do PT de São Paulo, deputado estadual Edinho Silva, rebateu ontem as acusações contra Lula. E disse que é um absurdo e um desrespeito o fato de o ex-presidente ter sido citado em relatório do MP sobre fraudes em licitações em Campinas.

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