O PSDB poderá expulsar o ex-presidente da Câmara Municipal de Curitiba João Cláudio Derosso. No dia 7 de maio, membros do diretório estadual do partido, do diretório municipal de Curitiba e da Comissão de Ética discutirão a possível expulsão do vereador, que enfrenta denúncias de favorecimento da empresa de comunicação da mulher dele e de contratação de funcionários fantasmas na Câmara.
A proposta de expulsão foi apresentada pelo presidente em exercício do partido no Paraná, o deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa Valdir Rossoni. "O partido é maior do que qualquer filiado", comentou Rossoni na tarde desta terça-feira (24). "A cada dia surgem novas denúncias (contra Derosso) e as explicações não têm sido suficientes".
Assinaturas
Nesta segunda-feira (23), a primeira matéria da série Negócio Fechado, da Gazeta do Povo e da RPCTV, mostrou que dois funcionários da Câmara Municipal de Curitiba que trabalhavam para Derosso no gabinete da presidência da Casa comandaram uma rede de empresas que prestou serviço de publicidade para a Casa de forma ilegal.
O casal Antônio Carlos Massinhan e Francely Villagra assinou recibos em nome de cinco diferentes empresas subcontratadas pelas agências Visão Publicidade e Oficina da Notícia, que pertence à mulher de Derosso, Claúdia Queiroz. Além disso, a Oficina da Notícia, que ganhou uma licitação para gerenciar R$ 5,2 milhões de publicidade da Câmara, contratou a editora Túnel, que pertence aos próprios donos da agência, para prestar serviços ao Legislativo municipal. A Oficina da Notícia e a Túnel são de propriedade de Cláudia Queiroz.
Bloqueio de bens
No dia 19, a Justiça determinou o bloqueio de R$ 1,6 milhão em bens de Derosso. A juíza Patrícia de Almeida Gomes Bergonse, da 8.ª Vara da Fazenda Pública de Curitiba, determinou o bloqueio dos bens para garantir eventual ressarcimento aos cofres públicos e assegurar o pagamento de multa em caso de condenação de Derosso na ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público. A determinação não bloqueia as verbas salariais.
Os promotores responsabilizam o ex-presidente do Legislativo municipal pela contratação de cinco funcionários fantasmas na Câmara de Vereadores. Além de receber salários sem trabalhar, os cinco fantasmas acumulavam cargos na Câmara e na Assembleia Legislativa o que é vedado pela Constituição Federal.
Os promotores descobriram o acúmulo de cargos públicos e a contratação dos servidores fantasmas depois que a Gazeta do Povo e a RPC TV publicaram a série "Diários Secretos", que revelou um esquema de desvio de recursos na Assembleia Legislativa. Com a quebra de sigilo bancário, o MP identificou as irregularidades.
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