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O grupo do PSDB que é contra a aliança com o PMDB prepara uma nova investida para impedir que os dois partidos dividam o mesmo palanque na campanha eleitoral deste ano. Os tucanos vão entrar com um pedido de impugnação do registro de candidatura da chapa do PMDB no Tribunal Regional Eleitoral (TRE). Será uma tentativa de validar a decisão da executiva nacional do PSDB que determinou o desmanche da coligação no Paraná.

O coordenador jurídico da campanha do candidato a governador, Osmar Dias (PDT), Nilso Sguarezi, disse ontem que sua equipe jurídica está estudando as teses mais convenientes a serem defendidas para desfazer a aliança. Segundo o advogado, o argumento é de que deve prevalecer a decisão da direção nacional de anular a deliberação da convenção estadual do PSDB, no último dia 30, que trata da aliança com o PMDB. "A Executiva alega que a coligação não atenderia o interesse da candidatura a presidente da República do partido, Geraldo Alckmin. Não houve intervenção, apenas a decisão de anular um item da convenção", disse Sguarezi.

A assessoria jurídica ainda não definiu quem vai assumir a autoria do pedido de impugnação, se um partido ou um candidato. O prazo termina na sexta-feira e a parte contrária tem mais sete dias para a defesa.

Pelos cálculos do advogado, baseados em prazos do calendário eleitoral, a decisão em primeira instância só deve ser divulgada pelo TRE em três semanas. "Mas com certeza, a parte que perder vai entrar com recurso junto ao TSE", diz Sguarezi.

Se confirmada a aliança, o PMDB terá direito a usar cerca de 2 minutos do tempo de televisão do PSDB para a campanha de reeleição de Requião. Caso contrário, o horário dos tucanos será rateado entre os 11 candidatos a governador e o PMDB ficará com 2 minutos e 20 segundos, o quarto menor tempo entre os partidos.

O PMDB está pronto para apresentar sua defesa, se o PSDB ingressar com o pedido de impugnação. O principal argumento é de que o diretório nacional tem poderes, mas não pode anular a vontade da maioria dos tucanos que aprovaram a aliança.

Para o advogado do PMDB, Guilherme de Salles Gonçalves, se a deliberação de aliança não era correta, deveria ter sido suspensa a antes de votada em convenção. "Não se pode brincar com o princípio fundamental da democracia brasileira, que é o direito do voto", disse.

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