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O PSDB do Paraná vai sair "rachado" da convenção estadual hoje, seja qual for a tese vencedora: a aliança com o PMDB de Roberto Requião ou o apoio informal ao senador Osmar Dias (PDT). A previsão é do presidente do PSDB do Paraná, Valdir Rossoni, que afirma que haverá uma divisão das forças na campanha eleitoral. "Estamos disputando agora só o tempo de televisão porque não tem mais como unir o partido. Quem decidiu ir com Requião vai apoiá-lo de qualquer jeito e quem é Osmar não abre mão", disse.

Mesmo prevendo o comportamento dos tucanos na eleição, a expectativa é de um forte embate entre as duas correntes. Cerca de 500 convencionais votam hoje na convenção, que começa às 14 horas, na sede do partido.

De um lado, estará o grupo do presidente Valdir Rossoni, que defende o apoio a Osmar Dias. Do outro, a ala liderada pelo presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão, que considera a aliança com o PMDB o melhor palanque para o candidato a presidente Geraldo Alckmin (PSDB) no Paraná. Hermas foi convidado por Requião para entrar na chapa como vice-governador.

Segundo Valdir Rossoni, boa parte dos convencionais é liderada pelos sete deputados estaduais, incluindo Hermas Brandão, que tentam levar o PSDB para apoiar a reeleição do governador. "Eles estão trabalhando muito para vencer, mas a nossa tese de apoiar um nome de oposição é mais coerente", argumenta. Para ele, muitos delegados não aceitariam votar numa aliança com o governador, mesmo que fosse um desejo da direção do partido.

O governador, segundo Rossoni, já declarou que não vai apoiar Geraldo Alckmin. "Essa posição afasta ainda mais os convencionais de um apoio ao PMDB no Paraná", disse.

Depois de uma reunião com o presidente nacional do PSDB, senador Tasso Jereissati, em Brasília, Valdir Rossoni aguardava ontem uma resposta da direção. Mas até o fim da tarde o diretório nacional não havia se manifestado. Com isso, a posição do partido deve ser decidida no voto. Nas mãos da direção do partido estão as propostas de aliança com o governador Roberto Requião, apoio informal ao pré-candidato Osmar Dias, coligação formal com o PPS de Rubens Bueno e, ainda, a possibilidade dos convencionais delegarem a escolha à executiva estadual do PSDB.

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