O Diretório Estadual do PSDB em São Paulo requereu representação na Procuradoria Geral de Justiça para solicitar a procedência do documento anexado ao inquérito da Polícia Federal que investiga a denúncia de formação de cartel entre empresas do setor metroviário.
Para o PSDB paulista, o documento é apócrifo (de origem desconhecida) e, portanto, solicita que o Ministério Público identifique o autor dessas denúncias, a responsabilidade pelo vazamento do documento, as diversas versões apresentadas sobre sua procedência, os beneficiados pelas informações, a veracidade dos fatos relatados e a responsabilidade das pessoas apontadas na carta.
"São todos fatos muito graves que merecem respostas. A forma como esse documento apócrifo foi utilizado, a procedência do material e a veracidade do relato têm de ser investigados", destacou o presidente do Diretório Estadual do PSDB paulista, deputado federal Duarte Nogueira.
O documento, divulgado com exclusividade pelo jornal O Estado de S.Paulo, descrevia a atuação do cartel e apontava ligação com lideranças políticas, dentre as quais, secretários do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. A reportagem informava que o documento, de autoria de Everton Rheinheimer, ex-diretor da Siemens, tinha sido encaminhado ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). Em nota, ele negou a autoria da carta.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, admitiu que encaminhou o documento à Polícia Federal e que as páginas anexadas ao processo do Cade foram entregues a ele pelo deputado licenciado e secretário de Obras da Prefeitura de São Paulo, Simão Pedro. O PSDB já pediu também o afastamento de Cardozo do ministério, em razão da forma como ele atuou neste episódio. Cardozo rebateu os tucanos, dizendo que não existe viés político na investigação.
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