Subcontratados
Servidores envolvidos retornaram aos órgãos de origem
Os servidores Antônio Carlos Massinhan e Francely Villagra, que comandaram uma rede de empresas subcontratadas para prestar serviço de publicidade para o Legislativo municipal, foram devolvidos pela Câmara aos seus órgãos de origem, segundo o presidente da Casa, João Luiz Cordeiro (PSDB). Massinhan estava cedido ao Legislativo municipal pela URBS e Francely, pelo Ippuc.
De acordo com Cordeiro, o retorno deles ocorreu na última sexta-feira. Ele afirma que o mesmo ocorreu com outros servidores cedidos à Câmara. Cordeiro, no entanto, não confirmou quantos servidores estavam nessa situação. Segundo o presidente da Câmara, o balanço sobre a situação do quadro de funcionários da Câmara deverá ser divulgado ao final do recadastramento dos servidores, previsto para ser encerrado no dia 15 de maio. (VB)
MP e TC investigam irregularidades
O Ministério Público do Paraná (MP) e o Tribunal de Contas Estadual (TC) vão investigar as novas denúncias de supostas irregularidades nos contratos de publicidade da Câmara de Curitiba. O MP afirmou que, além da apuração já em curso, vai incluir as novas informações divulgadas pela Gazeta do Povo e a RPC TV no inquérito civil instaurado sobre os contratos de publicidade da Casa. Cópia das matérias e documentos utilizados pela reportagem foram socilitados pelos promotores.
Por meio da assessoria de imprensa, o TC informou que está em andamento uma investigação sobre irregularidades nos contratos de publicidade Câmara. No entanto, de acordo com a assessoria, antes da divulgação de informações, os técnicos irão verificar a totalidade dos documentos. De acordo com o presidente do TC, Fernando Guimarães, o órgão está trabalhando em conjunto com o MP neste caso. (VB)
As executivas municipal e estadual do PSDB, em conjunto com o Conselho de Ética de cada instância, vão se reunir no próximo dia 7 de maio para decidir se expulsam da legenda o ex-presidente da Câmara Municipal de Curitiba João Cláudio Derosso. O encontro foi anunciado ontem pelo presidente em exercício do partido no Paraná, deputado estadual Valdir Rossoni. O tucano é favorável ao afastamento de Derosso do partido. Segundo ele, o PSDB não pode pagar por atos de seus filiados.
O desligamento de Derosso do PSDB, caso seja confirmado, impedirá o ex-presidente da Câmara de disputar a reeleição para vereador neste ano. "Não queremos fazer pré-julgamentos, mas o partido não pode ser responsabilizado por atos de seus filiados. O partido tem de ser algo acima das pessoas", defendeu Rossoni. "A cada dia que passa as denúncias [contra Derosso] aumentam e não temos visto explicações convincentes."
Clima
Derosso não participou da sessão no plenário da Câmara ontem. O vereador justificou ausência alegando ter consulta médica. Na Casa, os novos indícios de irregularidades envolvendo contratos de publicidade do Legislativo municipal parecem não ter surpreendido os vereadores.
"Imagino que devem aparecer novas denúncias com o passar do tempo", declarou o líder do PT, Pedro Paulo. O presidente da Câmara e colega de partido de Derosso, João Luiz Cordeiro, seguiu o mesmo raciocínio: "Não posso dizer que estou surpreso, porque a Câmara já vem recebendo denúncias", revelou, sem dar mais detalhes.
Na sessão de ontem, o foco das críticas dos vereadores em relação às novas suspeitas envolvendo os contratos de publicidade da Casa recaiu mais na imprensa do que em Derosso. O vereador Emerson Prado, líder dos tucanos na Câmara, usou a tribuna para criticar as denúncias recorrentes à Casa, alegando que elas colocam o trabalho do Legislativo em segundo plano.
O posicionamento do vereador despertou críticas da oposição, que lançou uma nota de desagravo, assinada pelos parlamentares do PT e PMDB. O texto afirma que um dos objetivos da imprensa é o de fiscalizar o poder público. Em entrevista coletiva no início da tarde, Cordeiro disse que a Câmara está aberta às críticas. "Sou democrático e todos têm o direito de falar. A crítica construtiva melhora o desempenho."
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