O PSOL anunciou nesta quinta-feira (12) a criação de uma comissão especial para debater o posicionamento do partido sobre as eleições de 2010. Entre as possibilidades está a aliança com a senadora Marina Silva (AC), provável candidata do PV à Presidência da República. O grupo vai entregar em dezembro uma análise sobre os possíveis caminhos do partido ao diretório nacional. A decisão do PSOL, no entanto, só deve sair em março do próximo ano, quando a legenda realiza sua conferência eleitoral.

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O secretário-geral do PSOL, Afrânio Boppré, afirma que o fato de o partido abrir negociação com Marina é um indicativo de um possível apoio. Para ele, a intenção é ver se há convergência de programas entre as partes.

"O único nome que a gente cita é a Marina porque nós vemos a Marina como uma ruptura progressista em relação ao PT e ao governo. Agora, para consolidar uma possível aliança nós precisamos confirmar que é uma ruptura progressista a partir de determinados pontos, sabendo qual é o programa e o eixo político da campanha", disse Boppré ao G1.

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Para ele, uma das principais questões a ser debatida é a econômica. Ele acusa os possíveis candidatos do PSDB, José Serra, e do PT, Dilma Rousseff, de representarem um mesmo modelo. "Precisamos saber qual é o modelo de desenvolvimento e ver se isso nos une. O que poderá nos unir será quebrar essa polarização conservadora que existe e apresentar uma alternativa popular. O Serra e a Dilma, na verdade, apenas disputam quem vai ser gerente do mesmo projeto."

Apesar da abertura oficial de negociações com Marina, o PSOL ainda não descartou uma candidatura própria, ainda que a vereadora Heloísa Helena (AL) já tenha declarado que pretende disputar o Senado. Segundo o secretário-geral, outros nomes poderão surgir ao longo do processo. O ex-deputado Plínio de Arruda Sampaio é um dos que já se colocou como possível candidato pelo PSOL.