Presidente da Câmara, Eduardo Cunha.| Foto: Antonio Cruz/ Agência Brasil/Fotos Públicas

Para reforçar as investigações contra o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), no Conselho de Ética da Casa, o PSOL apresenta nesta terça-feira (2) petição com duas outras informações relativas ao caso. Segundo o líder do PSOL, Chico Alencar (RJ), o partido, que é um dos autores da representação contra Cunha, irá juntar mais provas que reiteram a quebra de decoro parlamentar por parte dele. Entre as provas está a fala do lobista Fernando Baiano afirmando que esteve na casa de Cunha, na Barra da Tijuca. Segundo Alencar, à CPI, Cunha disse que recebeu Baiano na rádio e em seu escritório político.

CARREGANDO :)

“Vamos apresentar uma petição de juntada de elementos probatórios mostrando uma suposta nova mentira dele na CPI da Petrobras no que se refere aos encontros dele com Fernando Baiano e também a denúncia de mais cinco contas dele no exterior, uma em Israel, feita por dirigentes da Carioca engenharia“, disse Alencar, acrescentando: “No caso de Baiano ele disse que o encontrou na rádio e no escritório político dele, no centro do Rio. E Baiano disse que foi na casa dele. Vamos juntar os vídeos e as transcrições dele na CPI.”

Publicidade

Chico Alencar disse que Cunha, na CPI fala sobre os encontros com Fernando Baiano duas vezes: na fala inicial e ao responder à pergunta da deputada Clarissa Garotinho: “O Conselho de Ética começa agora sua fase probatória. Os recursos feitos às Comissão de Constituição e Justiça não paralisam os trabalhos. Entendemos que o órgão deve trabalhar e a petição traz mais elementos que robustecem a representação.”

Recurso no STF

Chico Alencar disse ainda que Jean Wyllys (PSOL-RJ) e ele irão ao Supremo Tribunal Federal em reunião já agendada para 18h de sexta-feira, reiterar que respeitam a decisão do STF sobre o rito do impeachment e entendem que ela não paralisa o funcionamento das demais comissões permanentes da Casa, como alega Cunha.

“Ele [Cunha] quer criar confusão à toa, a decisão do Supremo é claríssima, diz respeito ao rito do impeachment. Cunha quer colocar a Câmara toda como refém de seus interesses. Vamos repudir essa tentativa de paralisia da Casa. A situação dele só se agrava e não podemos nos calar. Vamos chamar para a audiência os 30 deputados que assinaram o manifesto pela saída de Cunha da presidência”, disse o líder do PSOL. “Vamos reagir à paralisia da Câmara. É inadmissível que os líderes aceitem isso”, acrescentou Wylly.