Reunida nesta quinta-feira (13) em Brasília, a bancada de deputados federais do PT não conseguiu chegar a um acordo para anunciar o nome que irá disputar a presidência da Câmara na eleição do início de fevereiro. Maior bancada da Casa, o partido sofre uma ameaça que parte de seu principal aliado no governo, o PMDB, que lançou o nome de Eduardo Cunha (RJ) para a disputa.Apesar de liderar a bancada peemedebista, Cunha não é bem visto pelo Palácio do Planalto pelo fato, entre outros, de ter liderado rebeliões no Congresso contra Dilma Rousseff.
Na reunião desta quinta, quatro nomes de petistas foram citados como possíveis concorrentes: os ex-presidentes da Câmara Arlindo Chinaglia (SP) e Marco Maia (RS) -embora esse tenha sinalizado não pretender concorrer-, o ex-prefeito de Belo Horizonte e ex-ministro Patrus Ananias (MG) e o ex-líder da bancada José Guimarães (CE).
O PT cogita até apoiar um candidato de um outro partido aliado caso ele reúna condições de derrotar Eduardo Cunha.Além de discutir a sucessão na Câmara, a bancada do PT ouviu a explanação de três ministros de Dilma: Aloizio Mercadante (Casa Civil), Ricardo Berzoini (Relações Institucionais) e Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral).
Este último, embora esteja possivelmente de saída, anunciou que o PT e o governo preparam uma "grande festa" para marcar a posse de Dilma para seu segundo mandato, em 1º de janeiro. A ideia do partido é mobilizar jovens e os movimentos sociais para a solenidade.
Embora petistas tenham negado que a reforma ministerial tenha sido assunto do encontro, alguns disseram que a expectativa geral é a de que Dilma anuncie na semana que vem a nova configuração da Esplanada para seu segundo mandato, especialmente a nova equipe econômica.