A CPI mista da Petrobras depende de três indicações para começar a trabalhar. Por enquanto apenas o PT, partido do governo, e o Pros, que integra a base de apoio à presidente Dilma Rousseff, não fizeram suas indicações. Pelas regras do Congresso, a CPI mista pode começar a funcionar se tiver, no mínimo, 17 membros indicados formalmente pelos partidos.
Se as duas legendas não indicarem seus nomes até quarta-feira, o presidente do Congresso, senador Renan Calheiros (PMDB-AL), terá mais uma semana para definir quem são os três membros da Câmara que participarão da comissão. No Senado, só a oposição fez indicações por enquanto. Foram nomeados os três integrantes, dois do PSDB e um do DEM. Na Câmara, partidos da base aliada, como o PMDB e o PR, fizeram 13 indicações.
Atraso
Com os atrasos, os trabalhos da CPI mista só deverão começar às vésperas da Copa do Mundo, que começa no 12 de junho. Durante o mundial, Câmara e Senado entrarão em "recesso branco" os parlamentares têm apenas uma semana de atividades previstas para o mês de junho. O ritmo reduzido de trabalhos vai até o fim de outubro, após o segundo turno das eleições. O calendário especial foi antecipado para que congressistas possam assistir aos jogos da Copa. Em ano eleitoral não há votações no Congresso a partir de julho.
Além da CPI mista, o governo também trabalha para atrasar o início da CPI exclusiva do Senado que vai investigar a Petrobras. Ela deve começar a funcionar apenas no dia 20 de maio. Renan tem até quarta-feira para indicar os três membros da oposição que vão integrar a comissão. Na semana passada, PSDB e DEM se recusaram a escolher os nomes porque defendem a CPI mista. Em maior número (10 das 13 cadeiras), os governistas têm mais chances de controlar as investigações da CPI do Senado.
Impasse sobre apoio a Lula provoca racha na bancada evangélica
Símbolo da autonomia do BC, Campos Neto se despede com expectativa de aceleração nos juros
Copom aumenta taxa de juros para 12,25% ao ano e prevê mais duas altas no próximo ano
Eleição de novo líder divide a bancada evangélica; ouça o podcast