As lideranças petistas no Senado adotaram postura mais cautelosa que os representantes do partido na Câmara sobre a avaliação do ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, a respeito da parceria entre o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, e a ex-ministra Marina Silva. Para os senadores Wellington Dias (PI) e Humberto Costa (PE), ainda é cedo para afirmar se a aliança vai ou não somar. Mais cedo, Paulo Bernardo avaliou que, com a aliança de Marina e Campos, diminuiu a possibilidade de segundo turno nas eleições de 2014.
Como o líder do PT na Câmara, José Guimarães (CE), Dias apelou para a equação matemática para explicar sua visão. "Em política dois mais dois nunca são quatro. Às vezes dá três, em outras soma cinco. Ainda é cedo para avaliar", destacou o líder da sigla na Casa. Costa reconhece que a união, que pegou a todos de surpresa no último sábado, é um "fato político importante". "Mas vai se transformar em um fato eleitoral ou não? Difícil saber", disse nesta quarta-feira, 09.
Para os senadores, o PSDB foi atingido mais diretamente com a parceria Eduardo-Marina. Contudo, ambos confiam que os tucanos se mantêm mais fortes, apesar da representatividade da ex-ministra. "O PSDB é mais enraizado na cultura do povo brasileiro. Além disso, ainda que a Marina dê a entender que ainda existe a possibilidade de ser candidata, ela entrou num partido com candidatura já posta e isso não vai mudar", finalizou Dias.
Wellington Dias defendeu que, ao invés de tentar fazer previsões sobre o cenário que estará posto em 2014, o PT esteja concentrado na campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff. "Pelos perfis de Marina (Silva) e Eduardo (Campos), existe ali um eleitorado que, no segundo turno, deve migrar para Dilma, mas não se pode imaginar que equação isso vai virar", completou.
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