O candidato à presidência da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS) e o comando da campanha petista estão em uma operação ofensiva para tentar evitar a candidatura do líder do PR, deputado Sandro Mabel (GO), ao cargo. Maia e os deputados petistas Arlindo Chinaglia (SP), Odair Cunha (MG) e o futuro líder da bancada na Câmara, Paulo Teixeira (SP), vão se reunir hoje à noite, em São Paulo, com o deputado Valdemar Costa Neto (PR-SP). Apesar de não ser o presidente do partido, Valdemar tem grande poder sobre a bancada do PR.
"Queremos ter uma candidatura única, sem disputa no plenário", afirmou Chinaglia, ex-presidente da Câmara. Apesar da intenção, o comando da campanha de Marco Maia trabalha com a possibilidade de o ex-presidente da Casa Aldo Rebelo (PCdoB-SP) disputar o cargo. Maia terá um encontro com o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, para discutir a sucessão na Câmara, em mais um ato para tentar convencer a base a ter uma candidatura única.
O comando da campanha de Maia procura evitar que as insatisfações dos partidos da base reflitam na votação no dia 1º de fevereiro, quando o presidente da Casa será eleito pelos novos parlamentares que tomarão posse. A tarefa da campanha petista é impedir que eventuais candidaturas alternativas como a de Mabel e a de Aldo Rebelo canalizem essas contrariedades, pondo em risco a eleição de Marco Maia.
Além do descontentamento com a divisão dos ministérios e de cargos do segundo escalão, os deputados reclamam da falta de liberação de recursos colocados no Orçamento da União por meio de emendas parlamentares.
"Insatisfações existem e estamos trabalhando nisso sem um temor exagerado", reconheceu Odair Cunha. As avaliações constantes da campanha petista têm sido otimistas com um clima de segurança respaldado pelo fato de o governo estar apoiando a candidatura de Marco Maia.
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