O diretório nacional do PT decidiu ontem restringir os movimentos pré-eleitorais do partido nos estados para evitar prejuízos à candidatura da ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, ao Palácio do Planalto. A cúpula petista proibiu o lançamento de pré-candidaturas aos governos estaduais até fevereiro de 2010 – quando será realizado congresso nacional do PT para oficializar o nome de Dilma como candidata do partido. O documento também prevê que todas as decisões do partido nos estados sejam submetidas à executiva nacional do PT. Mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse ontem que a aliança nacional do PT com o PMDB para as eleições de 2010 está "muito próxima" de ser consolidada. Lula admitiu que há divergências e que em alguns estados a aproximação entre os dois partidos será impossível. Porém defendeu o diálogo para construir a aliança.

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Candidato próprio

O deputado federal André Vargas (PT-PR), antes mesmo de ser divulgada a posição do diretório nacional do PT, disse ontem que o partido precisa ter candidatura própria para o governo do estado. Ele disse que o partido não tem tradição em alianças, com exceção do PR, PCdoB e PMDB. Ele vai marcar sua posição hoje, em um seminário regional do PT com os movimentos sociais em Cascavel.

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Até tu

Onze ex-senadores usaram passagens do Senado mesmo depois do término de seus mandatos. Segundo registros de empresas aéreas obtidos pelo site Congresso em Foco, foram feitas 291 viagens com a cota aérea da Casa. Na lista dos que se utilizaram do benefício, para uso próprio ou de terceiros, está a presidente do PSol, Heloísa Helena, que é vereadora em Alagoas. Ela usou seis bilhetes após o fim do mandato como senadora.

Viajantes

Vereadores, assim como os congressistas, também estão viajando à custa da população. A Câmara de Vereadores de Guairacá (Noroeste do estado) teria gasto cerca de R$ 230 mil nos últimos quatro anos com viagens. A Promotoria de Justiça de Proteção ao Patrimônio de Terra Rica, sede da comarca, abriu procedimento para investigar as supostas irregularidades.

Bolívia

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A vereadora de Curitiba Renata Bueno (PPS) avisa, com antecedência, que vai viajar para o exterior. Mas vai em missão oficial. Ela vai se reunir com os organizadores do Prêmio Internacional Jovem da Paz, em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. A intenção de Renata é que o evento deste ano seja realizado na capital paranaense. O Jovem da Paz premia jovens envolvidos em ações que propagam a paz entre os povos e de comprometimento com o meio ambiente.

Economia

O prefeito de Londrina, Barbosa Neto (PDT), anunciou nesta semana corte de 20% no custeio da máquina administrativa municipal. De acordo com Barbosa, a medida resultará em uma economia de R$ 4 milhões no primeiro ano de gestão.

Improbidade

A Promotoria de Justiça de Barbosa Ferraz (Noroeste do estado), propôs ontem ação civil pública por ato de improbidade administrativa contra o prefeito de Corumbataí do Sul, Osney Picanço, e o secretário municipal de Obras, Nilton Paulo. Por meio de uma gravação de vídeo enviada à promotoria e com o apoio da Polícia Militar, constatou-se que os dois utilizaram equipamentos e mão de obra do município para construir em terreno particular.

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CPI a caminho

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) está coletando assinaturas para a instalação de uma CPI para investigar contratos da Petrobras. O senador disse que foi incumbido da missão após reunião do PSDB que decidiu aprofundar denúncias de irregularidades no uso de recursos públicos pela estatal. Alvaro afirmou que já conta com o apoio de 25 senadores e que na próxima semana espera obter o número mínimo regimental de 27 assinaturas, exigido para a criação de CPIs.

Pinga-fogo

Após ouvir de seu colega Joaquim Barbosa o conselho de que deveria "sair às ruas", o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, voltou a ouvir críticas sobre a forma como defende a independência do Judiciário. Desta vez, o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, criticou as afirmações de Mendes sobre juízes que não devem ouvir "sujeitos da esquina". Segundo Britto, apesar da liberdade necessária ao exercício da função, os juízes não podem ficar "encastelados em torres de marfim", distantes das ruas.