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Pedidocontra Aécio veio após oposição pedir apuração de Dilma | Marcelo Camargo/Agência Brasil
Pedidocontra Aécio veio após oposição pedir apuração de Dilma| Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Dois deputados federais e um deputado estadual do PT de Minas Gerais enviaram nesta quinta-feira (19) à Procuradoria-Geral da República (PGR) um pedido de investigação sobre a eventual participação do senador Aécio Neves (PSDB) na chamada “lista de Furnas”. O pedido dos petistas foi formulado apenas um dia após a oposição recorrer contra a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de não investigar a suposta participação da presidente Dilma Rousseff no escândalo da Lava Jato.

Sérgio Guerra

O ex-diretor de Abastecimento da Petrobras Paulo Roberto Costa, um dos principais delatores na Operação Lava Jato, disse em vídeo gravado pela Procuradoria Geral da República (PGR) que o ex-senador e ex-presidente do PSDB Sérgio Guerra (PE), morto em 2014, pediu “uma recompensa” para não efetivar uma CPI da Petrobras no Congressoem 2009. Costa contou ainda que recebeu do chefe de gabinete do então presidente da Petrobras, Sérgio Gabrielli (PT), Armando Tripodi, um sinal verde para levar a negociação adiante. Segundo Costa, Guerra lhe pediu pessoalmente um total de R$ 10 milhões como propina. O PSDB informou que defende que o caso seja apurado.

No documento do PT, os deputados federais Adelmo Leão e Padre João, e o estadual Rogério Correia, dizem que os depoimentos do doleiro Alberto Youssef na Operação Lava Jato revelam indícios contra Aécio e outros integrantes do PSDB de Minas Gerais num suposto esquema de desvio de recursos de Furnas Centrais Elétricas e da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) entre os anos de 1994 e 2002.

Em depoimento prestado dentro do acordo de delação premiada, Youssef diz que ouviu do ex-deputado federal José Janene (PP-PR), já morto, que Aécio dividia uma diretoria de Furnas com o PP e que o irmão do hoje senador fazia a arrecadação dos recursos.

Como tal citação não motivou abertura de inquérito contra Aécio, uma vez que o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, considerou as citações vagas e baseadas num “ouviu falar” por parte de terceiros já mortos, os deputados do PT pedem que uma investigação que corre sobre Furnas no Rio de Janeiro, sem a presença de autoridades com foro especial, seja puxada para a Procuradoria-Geral da República.

“Veja-se Senhor Procurador-Geral da República que muito embora Vossa Excelência já tenha feito algum juízo de valor em relação à possibilidade de abertura de inquérito sobre determinadas pessoas mencionadas nas colaborações premiadas no âmbito da Operação Lava Jato, notadamente em relação ao atual senador Aécio Neves, é imprescindível que novas investigações sejam entabuladas e aprofundadas acerca dos vultosos desvios de recursos públicos em ambas as empresas no período de 1994 a 2002 [Cemig e Furnas]”, diz trecho da representação.

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