O líder da bancada do PT na Assembleia Legislativa de São Paulo, Antonio Mentor, descartou a possibilidade de o partido entrar com pedido de abertura de Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o presidente da Casa, Barros Munhoz (PSDB).

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De acordo com Mentor, as informações veiculadas até o momento, publicadas na edição de hoje do jornal "Folha de S.Paulo", segundo as quais Munhoz teria desviado R$ 3,1 milhões da prefeitura de Itapira (SP), que administrou por três vezes, não podem ser confirmadas, uma vez que o processo que investiga o caso corre sob segredo de Justiça.

As investigações são conduzidas pela Polícia Civil e pelo Ministério Público de São Paulo, que acusa Munhoz de improbidade administrativa e enriquecimento ilícito, e afirma que sua movimentação financeira não condiz com a renda declarada na época. "Todos são inocentes até que se prove o contrário", disse Mentor. "Se houver alguma matéria relevante a ser analisada, podemos até fazer algo, mas é preciso que haja matéria consistente".

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O petista disse ter conversado com Barros Munhoz hoje. Segundo ele, o presidente da Câmara teria dito que os depósitos feitos em sua conta, no valor de R$ 933 mil, teriam como origem um empréstimo que tomou, por meio da hipoteca do único imóvel que teria em Itapira. "O dinheiro tem origem e tudo está explicado na declaração de Imposto de Renda do deputado", disse Mentor.

Segundo o petista, permanece válido o acordo feito na Assembleia Legislativa, pelo qual o PT ficou com a primeira e a quarta secretarias da Mesa Diretora, que serão ocupadas respectivamente pelos deputados Rui Falcão e Telma de Souza, a partir de terça-feira, com a posse da nova legislatura. "Será uma Mesa Diretora plural, que respeita a proporcionalidade das forças com assento na Casa", disse.