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O PT deverá ingressar no início da semana que vem com representação contra o DEM no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por uso eleitoral da máquina pública e propaganda antecipada e de conteúdo negativo contra a pré-candidata petista à sucessão ao Palácio do Planalto, a ex-ministra Dilma Rousseff. O secretário nacional de Comunicação do PT, deputado federal André Vargas (PR), informou que o partido irá tomar a medida judicial por conta dos e-mails e ofícios distribuídos pelos gabinetes de parlamentares do DEM, com críticas à Dilma.

O departamento jurídico do PT ainda estuda o valor da multa a ser pedida à Justiça Eleitoral e se a representação será estendida aos parlamentares envolvidos na divulgação das mensagens eletrônicas. "Foram ataques que tinham como objetivo desconstruir a imagem de Dilma", criticou Vargas. "Esse tipo de atitude desqualifica a política e mostra que a oposição está jogando sujo, embora queira mostrar uma postura supostamente light de Serra", acrescentou o deputado.

Na tarde de ontem, o líder do governo na Câmara dos Deputados, Cândido Vaccarezza (SP), pediu ao presidente da Casa, Michel Temer (PMDB-SP), a abertura de sindicância para apurar a divulgação de conteúdos desfavoráveis à pré-candidata petista por meio dos e-mails funcionais. O petista ressaltou no pedido que é ilegal o uso da estrutura do gabinete para a distribuição de material de campanha.

A reclamação de Vaccarezza teve origem em uma gafe cometida pelo líder do DEM na Câmara, Paulo Bornhausen (SC).O deputado enviou por engano ofício com recomendações da equipe de campanha de Serra ao deputado Luiz Sérgio (PT-RJ). Os petistas receberam, também sem querer, mensagens com críticas à Dilma.

De acordo com a edição de hoje do jornal "Folha de S. Paulo", um dos e-mails enviados pelos gabinetes dos deputados ACM Neto (DEM-BA) e João Pizzolatti (PP-SC) divulgou mensagem intitulada "Dilma Rousseff e suas vítimas fatais", em que mostrava fotos de militares que supostamente foram mortos pelo grupo de esquerda em que militou a ex-ministra.

Após ser informado sobre o vazamento do ofício, Bornhausen avisou que vai ressarcir os cofres da Casa em R$ 270 por conta dos gastos com papel e impressão do documento.

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