O novo Diretório Nacional do PT iniciou neste sábado sua primeira reunião política, e a última do ano, dividido sobre a política de alianças para 2006, o apoio ou não à política econômica do governo e também sobre as práticas de reação à oposição ao partido e ao governo Lula.
Durante a semana, as várias reuniões das correntes internas que dominam o partido não conseguiram fechar um consenso mínimo sobre esses pontos e tiraram propostas de resolução divergentes. O próprio Campo Majoritário, que tem o presidente Lula como principal integrante e que detém 42% dos votos do Diretório Nacional, está tão dividido que não conseguiu fechar um documento de diretrizes para as resoluções da reunião que serão tomadas ao final do dia.
A tendência é que parte do Campo Majoritário apóie a tese do PT de Luta e Massas que, embora detenha 5,8% dos votos, é a organização ligada ao presidente nacional do partido, Ricardo Berzoini e que dá apoio histórico ao Campo Majoritário.
A proposta do PT de Luta e Massas está sendo apresentada aos 83 integrantes do Diretório Nacional por Jilmar Tatto, principal coordenador da tendência e que é também o terceiro vice-presidente nacional do partido. A proposta dele é que o PT convide o PMDB para apoiar o PT no projeto eleitoral do ano que vem, possivelmente com a reeleição de Lula, além de manter a atual política de alianças do partido com os partidos tradicionais de apoio (PSB, PCdoB, além do PTB e PL).
- Achamos importante o PMDB estar conosco em 2006 numa aliança democrática e popular - disse Jilmar Tatto, que, ao entrar na reunião, recebeu o apoio do senador Aloizio Mercadante (PT-SP), que também defende a aliança nacional com o PMDB.
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