A bancada do PT na Assembléia Legislativa do Paraná declarou ontem apoio ao piso nacional do magistério, assumindo uma po-sição contrária à do governador Roberto Requião (PMDB) um dos cinco governadores que, juntos, propuseram ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a lei federal que instituiu o salário mínimo para professores.
Apesar da discordância, os petistas garantem que não está ocorrendo atritos com o PMDB na base de apoio à administração de Requião. "Há diferenças de posicionamento entre o PT e o PMDB, mas não significa que não possamos compor a mesma base. Acho que podemos convencer o governador a mudar seu posicionamento", disse o líder do PT na Assembléia, Péricles de Mello.
A posição da bancada foi resultado de uma reunião dos deputados e de membros da Executiva estadual do PT, na manhã de ontem. Segundo a presidente do PT do Paraná, Gleisi Hoffmann, a legenda apenas resolveu deixar claro que é favorável ao piso nacional dos professores.
Nada a ver
"Essa questão não tem nada a ver com a relação política dos partidos no estado. Fazemos parte da administração estadual e na maioria das vezes votamos junto com o governo", disse Gleisi. Ela lembrou também que Requião, em algumas ocasiões, se posicionou de forma contrária ao presidente Lula e nem por isso foi questionado por suas atitudes.
O líder do governo na Assembléia, Luiz Cláudio Romanelli (PMDB), afirmou que vê com naturalidade a posição do PT. "Não se trata de uma crise entre os partidos." Romanelli disse ainda ter ficado surpreso com a Adin, porque o governo Requião tem sido favorável a medidas salariais em benefício dos professores. A lei questionada por Requião estabelece um salário de R$ 950 para professores do ensino público fundamental e médio nos níveis federal, estadual e municipal, com carga horária de 40 horas. O piso deve ser adotado de forma gradativa até janeiro de 2010.
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