A proposta de resolução que será votada nesta quinta-feira (29) pelo diretório nacional do PT afirma que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é alvo de “sabotagem política” e de “armações” por parte de núcleos da Polícia Federal, do Ministério Público e do Poder Judiciário. “O PT considera essas situações como abomináveis e destinadas à sabotagem política”, afirma o texto de cinco páginas, que ainda poderá sofrer alterações.
O documento ataca supostos abusos cometidos nas investigações. “Vazamentos seletivos, prisões abusivas, investigações plenas de atropelos e denúncias baseadas em delações arrancadas a fórceps e sem provas comprobatórias revelam a apropriação de destacamentos repressivos e judiciais por grupos subordinados ao antipetismo, que atuam com o intuito de difamar o principal partido da classe trabalhadora, seus dirigentes e o maior líder popular da História brasileira”.
A proposta conclama a militância a defender o legado de Lula. “O Diretório Nacional igualmente conclama toda a militância petista e todos os democratas a defenderem o legado e o papel histórico do ex-presidente Lula, transformado em alvo prioritário de armações que se multiplicam em núcleos da Policia Federal, do Ministério Público e do Poder Judiciário vinculados a operações supostamente anticorrupção.”
A proposta de resolução defende mudanças na política econômica, com expansão do mercado interno, ampliação dos investimentos estatais, defesa do emprego e “majoração contínua” da renda dos trabalhadores
“A recuperação fiscal do Estado deve ser encaminhada com medidas que aumentem a tributação sobre a renda, a riqueza e a propriedade dos extratos mais abastados, ao mesmo tempo em que o governo reduza seus gastos financeiros, através do rebaixamenteo paulatino da taxa de juros”, diz o texto.
Em outro trecho, o documento afirma que a situação congressual do governo agravou-se pela preponderância, na bancada do PMDB da Câmara dos Deputados, “de sua ala mais reacionária, capitaneada pelo deputado Eduardo Cunha”.
Na quarta-feira (28),o presidente de PT, Rui Falcão, afirmou que o Ministério Público e a Polícia Federal foram atrás de um “peixinho”, no caso Luis Claudio Lula da Silva, filho do ex-presidente, e deixaram de lado “um monte de tubarão”, referindo-se a grandes empresas investigadas pela Operação Zelotes, suspeitas de corromper integrantes do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), subordinado ao Ministério da Fazenda.
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