Depois de encontro no Palácio do Planalto com o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, o presidente do PCdoB, Renato Rabelo, disse que seu partido e o PT defendem uma espécie de núcleo duro dentro do governo de coalizão, que seria formado pelos partidos de centro-esquerda que apoiaram o presidente Luiz Inácio Lula da Silva desde o início, e incluiria também o PSB. Rabelo disse que o PT aprovou, em seu encontro da semana passada, a criação dessa frente de esquerda.

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- Essa opinião do PT é uma opinião que converge com o nosso ponto de vista. Essa coalizão, politicamente, tem um núcleo de centro-esquerda - disse Rabelo, para quem o PCdoB pode ganhar mais um ministério no segundo mandato, além da pasta dos Esportes.

Ao lado de Rabelo, Tarso disse que é natural que as coalizões tenham núcleos, mas garantiu que essa frente não interferiria no conselho político que será formado por todos os partidos que apóiam o governo. O ministro disse que no conselho não haverá distinção entre os partidos. Tarso disse ainda que esse núcleo de esquerda seria uma instância apenas para os partidos pensarem o futuro, mas que o governo manterá uma relação igualitária com todos as legendas da coalizão, deixando claro que é um movimento dos partidos, e não do governo.

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- Não signfica que a frente de esquerda seja um segmento do conselho político ou uma tendência do conselho. O governo vai se relacionar de forma global com o conselho político. Todas as coalizões de centro-esquerda no mundo têm um núcleo de centro-esquerda, seja de um partido ou de um núcleo de partidos. É normal, mas o governo não distingue seus aliados, onde todos os partidos tenham o mesmo direito de presença e o mesmo direito de interlocução - disse o ministro.

Tarso também descartou que esse grupo possa se unir para ter maioria no conselho.

- Isso não ocorre porque num conselho político as decisões não são por maioria, e sim por consenso - disse.

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