O PMDB e o PT afinaram nesta terça-feira o discurso sobre a disputa pela presidência da Câmara dos Deputados. Os dois partidos desistiram de lançar candidaturas próprias, continuam pleiteando o cargo, mas passaram a apostar num entendimento entre os partidos que apóiam o governo Lula. Reunidos na casa do presidente do PMDB, deputado Michel Temer (SP), os principais líderes do partido decidiram bancar a reeleição de Renan Calheiros (PMDB-AP) na presidência do Senado, e trabalhar por um entendimento na Câmara.
- O PMDB está pleiteando a presidência da Câmara, mas não irá lançar candidato. É muito cedo e defendemos uma composição. Se alguém se lançar, a candidatura se torna irreversível - disse o deputado Geddel Vieira Lima (PMDB-BA).
Além de Temer e Geddel, participaram do almoço o presidente do Senado, Renan Calheiros, o senador José Sarney (PMDB-AP) e o presidente do PMDB de São Paulo, Orestes Quércia.
Por sua vez, o presidente do PT, Marco Aurélio Garcia, afirmou que é legítimo o PT pleitear a presidência da Câmara mesmo não tendo a maior bancada.
- A tese da maior bancada deixou de ter validade quando foram eleitos os deputados Severino Cavalcanti e depois o atual presidente da Casa, Aldo Rebelo (PC do B-SP). O PT não desistiu de pleitear, mas não fará a sandice de lançar um candidato de qualquer maneira - afirmou o presidente do PT, Marco Aurélio Garcia.
A posição adotada pelos dois maiores partidos na Câmara, de apostarem num acordo, e a posição do PT, de que a tese da maior bancada foi abandonada na prática, fortalece a posição do candidato de Lula: o deputado Aldo Rebelo. Como os dois partidos não abrem mão de pleitear o cargo, abre-se espaço justamente para um nome neutro.
O surgimento de vários candidatos no PMDB - Eunício Oliveira (CE) e Geddel Vieira Lima - e no PT - o líder do governo Arlindo Chinaglia (SP), Walter Pinheiro (BA) e José Eduardo Cardoso (SP), também é um complicador a mais que estes partidos enfrentam para consolidar uma candidatura.
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